Com um brasileiro na disputa, conheceremos nesta segunda-feira em Zurique, na Suíça, por volta das 14h30 (do Recife) o ganhador da Bola de Ouro, o prêmio da Fifa para o melhor jogador do mundo em 2015. O argentino Lionel Messi é o favorito para levar o seu quinto troféu, enquanto o português Cristiano Ronaldo, atual bicampeão da premiação, e Neymar estão correndo por fora.
Além da Bola de Ouro, o evento da entidade máxima do futebol mundial também coroará a melhor atleta do planeta, os melhores técnicos da atualidade no feminino e no masculino e o gol mais bonito da última temporada, dentre outros prêmios.
Mesmo com a concorrência pesada de Neymar, companheiro de Barcelona, e de Cristiano Ronaldo, vencedor das últimas duas edições, é difícil acreditar que Messi não leve a Bola de Ouro. A temporada mágica do argentino, com direito a 48 gols e cinco títulos elevou o jogador a um nível acima dos seus adversários. Na semana passada, segundo o jornal inglês Daily Mail, a Fifa chegou, inclusive, a cometer a gafe de divulgar o vencedor do prêmio de forma antecipada, e Messi teria levado o prêmio. A entidade, porém, negou o vazamento e tratou a postagem dos ganhadores do prêmio, em seu site, como “acidental”.
Mais atrás, o português Cristiano Ronaldo terá que se apoiar no desempenho individual pelo Real Madrid para sonhar com o seu quarto troféu. Isso porque o atacante não conquistou títulos com o clube espanhol na última temporada, e a “seca” deverá pesar na decisão final. Em 2015, foram 54 gols (seis a mais que Messi) e 17 assistências.
Pela primeira vez desde 2007, quando Kaká levou o prêmio, um brasileiro ficou entre os três melhores do mundo. Com uma campanha memorável no Barcelona, Neymar pode ainda não estar pronto para vencer a Bola de Ouro. Mas, em seu segundo ano no clube espanhol, já demonstrou que pode ser o melhor do mundo em breve. Em 2015, foram cinco títulos e 41 gols, levando a artilharia da Liga do Campeões junto com os seus dois concorrentes (10 gols cada um).
PRÊMIO PUSKÁS
A presença de Messi (gol contra o Athletic de Bilbao) e o golaço de Alessandro Florenzi (do meio de campo) da Roma e contra o Barça na Liga dos Campeões podem até ser os favoritos, mas a história mais fantástica do Prêmio Puskás, que elege o gol mais bonito do ano, é brasileira. Revelado nas categorias de base do Goiás, Wendell Lira era uma das promessas do futebol goaino. Em 2012, porém, o jogador rompeu os ligamentos do joelho e perdeu a chance de decolar na carreira. Ano passado, jogava pelo pequeno Goianésia quando fez o gol que mudaria a sua vida. A fama pelo golaço ante o Atlético-GO, pelo Estadual, o fez até sair do desemprego: após o Campeonato Goiano, Wendell ficou três meses sem clubes antes de assinar com o Vila Nova.