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O presidente da Uefa, Michel Platini, se disse "contente" ao deixar a sede da Fifa depois de cerca de oito horas e meia de audiência na comissão de apelação, nesta segunda-feira (15), em Zurique, onde está sendo julgado seu recurso contra a suspensão de oito anos de qualquer atividade ligada ao futebol.
"Foi uma boa audiência, diante de pessoas sinceras, e estou contente com a maneira com que aconteceu. Agora, vamos ver o resultado", declarou o ex-craque francês.
Platini apresentou duas testemunhas, Jacques Lambert, presidente do comitê organizador da Eurocopa-2016, e Angel Maria Villar Llona, presidente da Federação Espanhola e vice-presidente da Uefa, para provar a existência de um contrato oral entre ele e Joseph Blatter, presidente demissionário da Fifa.
Os dois cartolas foram punidos por conta de um pagamento suspeito de 1,8 milhão de euros do suíço ao francês, em 2011, por um trabalho de consultoria realizado de 1998 a 2002, sem contrato escrito entre ambas as partes.
A comissão de ética da Fifa, porém, considerou Platini e Blatter culpados de "abuso de poder, conflito de interesses e gestão desleal", descartando, contudo as acusações de corrupção.
A audiência de Platini começou às 11h30 no horário local (8h30 no horário de Brasília), e terminou pouco depois de 20h00. Blatter será ouvido na terça-feira.
Antes de entrar na sede da Fifa, o francês falou rapidamente com uma dezena de jornalistas presentes no local.
"Eu não estou lutando por meu futuro, mas contra a injustiça. Se fosse culpado, estaria na Sibéria para me esconder, de tanta vergonha", afirmou o eterno camisa 10 da Juventus.
A suspensão acabou com as ambições de Platini suceder a Blatter na presidência da Fifa.
A eleição está marcada para o dia 26 de fevereiro, também em Zurique, e o presidente da Uefa desistiu da candidatura, sendo substituído por seu braço-direito, Gianni Infantino, secretário-geral da entidade.