Dois dos candidatos à presidência da Fifa se reuniram nesta segunda-feira (22) na Cidade do Cabo, na África do Sul. No inesperado encontro, às vésperas do pleito marcado para sexta-feira, o suíço Gianni Infantino se encontrou com o sul-africano Tokyo Sexwale na Ilha Robben, símbolo do apartheid, por sediar a prisão que encarcerou Nelson Mandela por duas décadas.
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De acordo com os responsáveis pela campanha de Sexwale, o candidato convidou todos os quarto oponentes na eleição. Porém, somente Infantino compareceu. O xeque Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, do Bahrein, o príncipe Ali Bin Al-Hussein, da Jordânia, e o diplomata francês Jérôme Champagne alegaram "agenda cheia" para declinar do convite.
A campanha do sul-africano não revelou o que foi discutido entre os dois candidatos. Eles também não concederam entrevistas aos jornalistas. No encontro, Sexwale lembrou que foi prisioneiro na Ilha Robben, junto de Mandela.
Sexwale é um dos candidatos com menor apoio neste pleito. Ao contrário dos favoritos, não revelou nenhum apoio maciço de confederações. Infantino, por sua vez, é um dos fortes candidatos nesta eleição. Conta com o apoio da Uefa, da qual é secretário-geral desde 2009, da Concacaf e da Conmebol, o que inclui o possível voto da CBF.
Em entrevistas recentes, Infantino declarou que não iria fazer acordos com rivais antes das eleições. No entanto, esta reunião com Sexwale gerou repercussão quanto a um possível apoio do sul-africano no pleito de sexta - neste caso, ele abandonaria sua candidatura. Sexwale poderia também ter influenciar a Confederação Africana de Futebol, que já declarou apoio ao xeque Salman, outro favorito na eleição.