A Fifa anunciou nesta segunda-feira (14) punições a mais três ex-dirigentes do futebol sul-africanos suspeitos de manipulação de resultados em amistosos preparatórios para a Copa do Mundo de 2010, sediada pelo país. Eles se juntam ao ex-presidente da federação de futebol local, Lindile Kika, que já havia sido banido no ano passado.
De acordo com a Fifa, o ex-chefe-executivo da Associação Sul-Africana de Futebol (Safa, na sigla em inglês) Leslie Sedibe foi banido do esporte por cinco anos e multado em 20 mil francos suíços (R$ 73,4 mil). Já Steve Goddard e Adeel Carelse, ex-dirigentes da área responsável pela arbitragem da Safa, foram suspensos por dois anos. Kika já havia sido banido por seis anos em 2015.
A Fifa investiga a possibilidade de ao menos um dos amistosos de preparação da seleção sul-africana para a Copa do Mundo de 2010 ter sido manipulado pela arbitragem. Os dirigentes da Safa estão sendo investigados por permitirem que uma companhia de Cingapura controlasse a escala de juízes para aquelas partidas.
A Fifa não identificou quais os jogos que teriam sido manipulados, mas as maiores suspeitas são em relação às vitórias da África do Sul por 2 a 1 sobre a Colômbia e 5 a 0 contra a Guatemala. Diante dos colombianos, os três gols marcados surgiram de cobranças de pênalti. No primeiro, Modise chegou a perder o gol, mas a arbitragem mandou voltar. Já no triunfo sobre os guatemaltecos, houve uma série de lances duvidosos.
O confronto entre África do Sul e Guatemala foi apitado por Ibrahim Chaibou, de Níger, que está sendo investigado por envolvimento em outro escândalo de manipulação de resultados. Já a vitória sobre a Colômbia teve o queniano Langat Kipngetich como árbitro. Ele também comandou a vitória por 4 a 0 sobre a Tailândia, em outro amistoso pré-Mundial.
Os dirigentes sul-africanos banidos nesta segunda-feira foram todos considerados culpados por mau comportamento e quebra das regras relacionadas a reportar infrações e cooperar com as investigações. Sedibe é uma figura reconhecida na África do Sul e agora é chefe-executivo de uma empresa responsável por promover os bens e os serviços do país.