JUSTIÇA

Promotoria exime Lionel Messi de fraude fiscal mas acusa o pai do jogador

Messi e seu pai, Jorge Horacio, tinham sido acusados de uma evasão de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol entre 2007 e 2009

Estadão Conteúdo
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Publicado em 03/06/2016 às 8:36
Foto: Divulgação/Barcelona
Messi e seu pai, Jorge Horacio, tinham sido acusados de uma evasão de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol entre 2007 e 2009 - FOTO: Foto: Divulgação/Barcelona
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No último dia do julgamento por fraude fiscal contra o craque argentino Lionel Messi, a promotoria reiterou nesta sexta-feira (2) o pedido de absolvição do jogador, ao mesmo tempo que culpou o pai do atleta, considerado "seu alter ego na gestão econômica".

"Lionel Andrés Messi deve ser absolvido", afirmou a promotoria de Barcelona durante as conclusões do julgamento do craque do Barcelona e de seu pai Jorge Horacio, acusados de fraude de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol por meio de uma rede de empresas offshore.

A Promotoria aceita a versão de Messi, que na quinta-feira declarou ao tribunal que se "dedicava a jogar futebol e não tinha ideia de nada".

"Não há nenhuma evidência de que alguém o explicasse algo", afirmou.

Mas a acusação contra o pai foi mantida, assim como o pedido de um ano e meio de prisão.

"Se isto aconteceu foi porque ele, Jorge Messi, aceitou", afirmou o promotor, que definiu o pai do atleta como "o alter ego de Messi na gestão econômica".

Messi e seu pai, Jorge Horacio, são acusados de uma evasão de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol entre 2007 e 2009, com a utilização de uma série de empresas no Reino Unido, Suíça, Belize e Uruguai para receber os direitos de imagem, evitando assim o pagamento de impostos.

Durante estes anos, Messi assinou contratos de patrocínio com marcas como Adidas, Konami, Pepsi ou Danone em nome de uma empresa no Uruguai, Jenbril, que pertencia 100% a ele e à qual cedeu a gestão de seus direitos. O jogador afirmou desconhecer tudo isto.

O emaranhado de empresas foi elaborado por um escritório de advocacia de Barcelona que prestava assessoria à família na área fiscal e que mantinha contato apenas com seu pai.

"O senhor Jorge Messi não pode evitar sua responsabilidade culpando os assessores", disse o promotor.

O julgamento será suspenso para a sentença depois das alegações finais do advogado do Estado, representante da Fazenda espanhola, e da defesa.

A defesa pede a absolvição de ambos, mas o advogado do Estado reclama penas para ambos, por entender que Messi era consciente e se beneficiou do esquema. Ele pede uma multa equivalente ao valor da fraude e 22 meses de prisão, que não seriam cumpridos pela ausência de antecedentes.

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