Um nunca foi bicampeão de nada, o outro não conquista um título há 23 anos. Nos EUA, Chile e Argentina irão reeditar a final da Copa América do ano passado. E os dois entram em campo hoje, às 21h (de Brasília) com tabus históricos para quebrar.
Na última decisão, os chilenos se deram melhor ao levantar a taça de campeão após a disputa de pênaltis e agora podem ser bicampeões, algo que nunca conseguiram em toda sua história.
Aliás, a seleção chilena não chegava em duas finais consecutivas desde 1956, quando ficou em segundo lugar do Campeonato Sul-americano em 1955 e 1956. Nesses 60 anos foram três finais e apenas uma conquista, a do ano passado.
Já do lado argentino a situação é mais indigesta. Com uma geração repleta de craques, hoje liderada por Lionel Messi, a Argentina não ganha um título desde 1993.
Em 2014, o time ficou muito próximo de erguer a taça de campeão do mundo na final contra a Alemanha, mas um gol de Mário Gotze, na prorrogação, adiou o sonho.
Em 2015, os argentinos ficaram ainda mais perto. Após um empate sem gols no tempo normal com o Chile, a seleção foi superada nos pênaltis e viu os anfitriões da Copa América comemorarem o primeiro título de sua história.
Críticas e mais críticas aos jogadores já foram feitas. O próprio treinador dos hermanos, Tata Martino, reconhece o peso da falta de troféus. Ele disse que acha que o time não será reconhecido caso não seja campeão.
Desde o último título, em 1993, a Argentina já disputou seis finais, perdendo todas: Copa das Confederações de 1995 (Dinamarca), Copa América de 2004 (Brasil), Copa das Confederações de 2005 (Brasil), Copa América de 2007 (Brasil), Copa do Mundo de 2014 (Alemanha) e Copa América de 2015 (Chile).
Os argentinos parecem estar dispostos a acabar com essa desconfiança. Se depender da campanha realizada até aqui, tem tudo para dar um fim nesse fantasma. Durante o torneio foram cinco jogos com cinco vitórias, 18 gols marcados e apenas dois sofridos. Na semifinal, a Argentina goleou os Estados Unidos por 4x0.
Já o Chile teve mais trabalho para superar a Colômbia, 2x0. Aliás, a semifinal vencida pelos chilenos foi marcada por uma longa interrupção entre o primeiro e o segundo tempos. Em virtude de uma tempestade, o reinício da partida acabou atrasado em cerca de duas horas.
Com os colombianos superados, o Chile agora se preocupa em se recuperar do exaustivo jogo em Chicago para encarar os argentinos em Nova Jérsei. As duas seleções já se enfrentaram nesta Copa América – na primeira rodada do Grupo D, a Argentina ganhou por 2 x1, mesmo com o desfalque do astro Lionel Messi.