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Valcke estaria por trás de acusações contra Platini, afirma delator

Valcke teria ameaçado Platini alguns dias antes do pagamento de 1,8 milhão de euros da FIFA que resultou na suspensão do ex-jogador francês

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Publicado em 08/07/2016 às 19:27
Foto: FABRICE COFFRINI / AFP
Valcke teria ameaçado Platini alguns dias antes do pagamento de 1,8 milhão de euros da FIFA que resultou na suspensão do ex-jogador francês - FOTO: Foto: FABRICE COFFRINI / AFP
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Jerôme Valcke, ex-secretário-geral da Fifa, teria ameaçado Michel Platini em setembro do ano passado com represálias, alguns dias antes da divulgação do pagamento no valor de 1,8 milhão de euros que resultou na suspensão do ex-craque francês, afirmou nesta sexta-feira o delator responsável pela queda de Valcke.

Benny Alon, ex-jogador israelense e consultor da empresa de marketing esportivo JB Sports, foi responsável por revelar que Valcke tinha envolvimento num esquema de revenda de ingressos no mercado negro. Nesta sexta-feira, Alon convocou a imprensa internacional, reunida em Paris para cobrir a Eurocopa, e contou sua versão dos fatos.

Em setembro do ano passado, dias antes da coletiva de imprensa em que o israelense revelou as acusações contra o ex-secretário-geral da Fifa, "Jerôme Valcke chamou Kevin Lamour (braço direito de Michel Platini, na época presidente da Uefa) para pedir que a coletiva de imprensa fosse cancelada. Michel Platini não lhe deu bola", explicou Alon, nesta sexta-feira.

"Uma semana depois, apareceu esse pagamento de 1,8 milhão de euros pela Fifa a Michel Platini", explicou, ligando de maneira implícita ambas as situações.

Valcke, 55 anos, havia sido afastado de suas funções em 17 de setembro de 2015 e demitido em 14 de janeiro.

Condenado em primeira instância pela justiça interna da Fifa em fevereiro a 12 anos de suspensão, Valcke viu em seguida sua pena reduzia a 10 anos.

Os problemas de Valcke, porém, não acabaram. Em 3 de junho, a Fifa anunciou que seu ex-presidente Joseph Blatter e dois de seus mais próximos colaboradores, Valcke e Markus Kattner, repartiram 80 milhões de dólares "em um esforço coordenado de enriquecimento pessoal" através de contratos e remunerações ao longo dos últimos cinco anos.

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