A goleira pernambucana Bárbara e as demais jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol vão ser as primeiras atletas do País a competirem nos Jogos Olímpicos do Rio. A partir das 16h de hoje, a equipe do técnico Oswaldo Alvarez, mais conhecido como Vadão, entra no estádio Olímpico (o Engenhão) para enfrentar a China. A partida é válida pelo Grupo E, que conta ainda com África do Sul e Suécia. Africanas e suecas abrem a rodada às 13h.
Na Olimpíada brasileira, as partidas de futebol começam antes mesmo da cerimônia de abertura. A solenidade está marcada para acontecer apenas às 18h da próxima sexta-feira, no Maracanã.
Conquistar o inédito ouro nos Jogos é o grande objetivo da seleção brasileira feminina de futebol. A equipe nacional tem duas pratas olímpicas, obtidas em Atenas-2004 e Pequim-2008. Para garantir que tudo foi feito em busca dessa meta, no início de 2015, a CBF lançou o projeto da seleção feminina permanente. A iniciativa resolveu o problema de desemprego de algumas jogadoras, já que o futebol entre as mulheres não é tão valorizado quanto o masculino no Brasil, e permitiu que essas atletas trabalhassem exclusivamente focadas em competições internacionais.
Apesar de a seleção norte-americana ser uma das grandes favoritas ao título no Rio - os Estados Unidos são tetracampeões olímpicos - a equipe canarinho têm diferenciais a seu favor. O primeiro é o fato de estar jogando em casa. O time também tem qualidade técnica elevada, contando com algumas das principais jogadoras do cenário mundial. Uma das de maior destaque é a alagoana Marta, eleita cinco vezes a melhor do mundo (de 2006 a 2010). “A gente espera que a torcida compareça. Tenho boas lembranças do Pan (de 2007, também realizado no Rio) e espero reviver isso tudo em uma Olimpíada. A torcida será um fator fundamental. Naquele lance que achamos que não vamos chegar, quando ela grita, nos impulsiona e a gente consegue”, afirmou a canhota.
Outros destaques do grupo convocado por Vadão são a atacante Cristiane, maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos, com 12 gols, e a meio-campista Formiga, de 38 anos, que vai para a sua sexta Olimpíada consecutiva – participou inclusive da estreia do futebol feminino nos Jogos, em Atlanta 1996. “Todos os olhos estarão voltados para nós e para o futebol feminino. Fizemos um trabalho para controlar a expectativa em relação ao torcedor. Temos que usar isso a nosso favor e não deixar atrapalhar. Essas três atletas (Marta, Cristiane e Formiga), com toda a experiência olímpica e de seleção brasileira, vão dar equilíbrio às jogadoras jovens”, declarou Vadão.