O técnico do Arsenal, o francês Arsene Wenger, anunciou nesta sexta-feira que deixará o clube ao final da temporada 2017-18, após 22 anos no comando dos Gunners.
"Depois de uma avaliação cuidadosa e após várias conversas com o clube, sinto que é o momento correto de sair ao final da temporada", afirmou Wenger, de 68 anos, em um comunicado publicado pelo site do Arsenal.
Os últimos anos, no entanto, foram complicados para o time. O Arsenal conquistou a Premier League pela última vez há 14 anos e esta temporada está próximo de ficar fora da Liga dos Campeões pela segunda vez consecutiva. A única chance de conseguir a vaga na Champions League é conquistar o título da Liga Europa, competição em que os Gunners enfrentarão o Atlético de Madrid nas semifinais.
"Eu peço aos torcedores que apoiem o time para terminar no topo", completou Wenger. "Para todos os que amam o Arsenal, cuidem dos valores do clube. Meu amor e apoio para sempre", destacou o francês. O Arsenal agradeceu ao trabalho do técnico, chamado pelo acionista Stan Kroenke de homem "de uma classe sem paralelos". No comunicado, o clube afirma que vai procurar um sucessor para Wenger "o mais rápido possível".
Na despedida, o treinador fez questão também de agradecer a todos com quem trabalhou ao longo de mais de duas décadas. "Quero agradecer aos jogadores, aos diretores, à comissão e aos fãs que fazem esse clube tão especial", frisou.
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Era Wenger
Na sua jornada pelo time londrino, ele levantou 17 taças, sendo três do Campeonato Inglês (1997-1998, 2001-2002 e 2003-2004). Outro título conquistado pelo francês foi a Copa da Inglaterra, vencida sete vezes nas seguintes temporadas: 1997–98, 2001–02, 2002–03, 2004–05, 2013–14, 2014–15, 2016–17. A mesma quantidade de troféus erguidos na Supercopa da Inglaterra nos anos de: 1998, 1999, 2002, 2004, 2014, 2015, 2017.
Outro ponto alto da carreira também ocorreu pelos Gunners. Em 2011, Wenger foi coroado como treinador da década (2001-2010) pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS), à frente de nomes como Alex Ferguson, José Mourinho e Felipão.
A grande frustração pelo Arsenal foi o vice-campeonato da Liga dos Campeões na edição 2005-2006, quando a equipe foi derrotada na final para o Barcelona.