INVESTIGAÇÃO

CR7 pode perder patrocínios após denúncia de estupro, diz jornal

Marcas como a Nike e a EA Sports se mostraram "profundamente preocupadas" com a acusação de estupro a CR7

JC Online e AFP
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JC Online e AFP
Publicado em 05/10/2018 às 3:49
Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP
Marcas como a Nike e a EA Sports se mostraram "profundamente preocupadas" com a acusação de estupro a CR7 - FOTO: Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP
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O jogador Cristiano Ronaldo pode perder uma série de patrocínios bilionários em decorrência da denúncia de estupro feita pela ex-modelo Kathryn Mayorga. Segundo o jornal britânico "The Sun", o prejuízo do craque da Juventus deve chegar a 1 bilhão de libras - cerca de R$ 5,09 bilhões, caso marcas que o têm como garoto-propaganda resolvam cancelar os contratos.

Marcas como a Nike se mostraram "profundamente preocupadas" com a acusação de estupro ao craque português."Estamos profundamente preocupados pelas inquietantes acusações (sobre Cristiano Ronaldo) e seguiremos monitorando a situação de perto", explicou a patrocinadora do jogador luso.

A EA Sports, dona de um jogo de videogame também se pronunciou. De acordo com o jornal inglês, a empresa revelou que também está monitorando de perto as acusações contra CR7, que é o rosto de sua enorme franquia de jogos da Fifa. “Nós vimos o relatório preocupante que detalha as alegações contra Cristiano Ronaldo. Estamos monitorando de perto a situação, já que esperamos que os atletas e embaixadores da cobertura se comportem de maneira consistente com os valores da EA", disse um porta-voz da marca ao “The Sun”.

Entenda o caso

A história tornou-se pública esta semana quando a ex-modelo americana Kathryn Mayorga, 34 anos, acusou o jogador português Cristiano Ronaldo de estuprá-la em um hotel em Las Vegas em 13 de junho de 2009 e, posteriormente, pressioná-la a assinar um acordo financeiro e de confidencialidade.

Cristiano Ronaldo, atacante da Juventus, desmentiu as acusações durante uma transmissão ao vivo pela rede social Instagram, afirmando se tratar de uma "fake news", uma notícia falsa. "O que disseram hoje, é mentira, 'fake news'. As pessoas querem se promover através do meu nome. É normal, querem ficar famosos", se defendeu o atacante de 33 anos.

O processo - ao qual a AFP teve acesso, afirma que Mayorga denunciou o ataque à polícia de Las Vegas no mesmo dia, mas sem especificar a identidade do jogador, e foi submetida a um exame médico num hospital local, ficando com "severas lesões físicas e emocionais" e uma "forte depressão".

Um membro da polícia de Las Vegas confirmou à AFP que a polícia recebeu Mayorga para tratar "uma agressão sexual", mas, como a ex-modelo não quis divulgar o nome do agressor nem as circunstâncias do caso, não pôde dar sequência às investigações. "O caso foi reaberto e nossos detetives estão recuperando as informações proporcionadas pela vítima", disse o oficial da polícia de Las Vegas.

A denúncia, à qual a AFP teve acesso por meio dos advogados de Mayorga, é um processo civil e não penal. Desta forma, tem como objetivo reconhecer a responsabilidade civil de Cristiano Ronaldo nas sequelas físicas e psicológicas que a ex-modelo afirma ter sofrido. Mayorga garante que foi pressionada a assinar um acordo de confidencialidade para manter o estupro em segredo. Agora, pede 200.000 dólares em danos e prejuízos.

Acordo econômico e de confidencialidade

No processo, tornado publicado primeiramente pelo diário esportivo alemão Der Spiegel, Mayorga explica que conheceu Cristiano Ronaldo na tarde de 12 de junho de 2009 na boate Rain do Palms Hotel and Casino de Las Vegas e que aceitou um convite para ir ao quarto do jogador ao lado de alguns amigos para "aproveitar a vista" da cidade.

Na suíte, foi convidada a tomar banho de jacuzzi, mas ela se negou por não ter traje de banho, ainda segundo o processo. Ronaldo teria então oferecido um traje e acompanhado Mayorga ao quarto para que ela pudesse se trocar. Lá, teria pedido para que a jovem fizesse sexo oral com ele, mas diante da resposta negativa, a teria estuprada enquanto ela gritava "Não, não, não".

"Quando Cristiano terminou o ataque sexual, permitiu que ela deixasse o quarto e pediu desculpas, porque normalmente era um cavalheiro", diz o documento. Devido à forte pressão que recebeu por parte de "representantes" do entorno de Cristiano Ronaldo, Mayorga aceitou encerrar o caso "em troca de 375.000 dólares e uma cláusula de confidencialidade" para não revelar o ocorrido.

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