RECIFE BOM DE BOLA

Escolinha Geragol lapida jovens talentos do futebol de várzea

Criada na Avenida Beberibe, o Geragol é uma das equipes que participam do Recife Bom de Bola

Túlio Feitosa
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Túlio Feitosa
Publicado em 09/11/2018 às 18:28
Foto: Renata Andrade/TV Jorna
Criada na Avenida Beberibe, o Geragol é uma das equipes que participam do Recife Bom de Bola - FOTO: Foto: Renata Andrade/TV Jorna
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Fábrica de diamantes brutos, uma escolinha de futebol da Avenida Beberibe, na Zona Norte do Recife, é destaque na região em apenas dois anos de criação. O projeto Geragol, fundado pelo professor de educação física Gerailton Baracho, vem lapidando jovens talentos com uma das maiores ferramentas que o esporte pode proporcionar, a inclusão social.

Gerailton deixa claro o papel do projeto social na vida das crianças que passam por lá. “Em primeiro lugar é formar cidadãos. É dar uma oportunidade a eles, de estar treinando aqui nos dias da semana. Se ele estuda de manhã, vem a tarde, ou se estudar a tarde, vem de manhã para ocupar a mente, sair da ociosidade”, ressaltou.

O Geragol, hoje, atua com cerca de 80 jovens. Alguns deles visando a carreira profissional. “Dentro do esporte, tendo destaque, nós colocaremos para tentar uma vida lá fora e ter um futuro promissor”, explicou o professor. E em pouco tempo de projeto, as crianças que vestem a camisa azul, preta e branca da equipe já levantaram alguns troféus na trajetória. A escolinha da Avenida Beberibe já foi vice-campeão brasileiro Sub-9, campeão pernambucano Sub-7, campeão da Copa do Nordeste Sub-9, entre outras conquistas que impressionaram o professor.

O jovem apelidado de Esquerdinha, de oito anos, é um dos jovens talentos do Geragol. O meia-esquerda da escolinha já tem o nome vinculado ao Santos, de São Paulo, mas sabe suas prioridades que vão além do futebol. “Em primeiro lugar tem que estudar, né? E depois pensar no futebol”, disse. Adilson Batista, pai de Esquerdinha, falou da felicidade que é o seu filho estar no projeto do professor “Gera”. “Deu a maior força para que a gente fosse para lá”, mencionou. “Se todos os pais trouxessem seus filhos para cá e olhassem como era o projeto, tirariam-os da rua, das drogas, do vício, que hoje, no país, é o que a gente mais vê”, completou Adilson.

O Geragol também abre espaço para a presença feminina na equipe. Brenda Michelly, de 16 anos, quer levar a sério sua carreira como futebolista. “Espero que eu seja uma jogadora profissional. Não só eu, como todos aqui. A gente, a cada dia, trabalhar para isso. Para ajudar minha família e todos aqueles que precisam”, expressou. A jovem atleta tem a Marta como espelho para crescer dentro de campo. “Vou assistindo na internet o que ela (Marta) faz para aprender”.

Hoje sendo sustentado por um apoio financeiro dos pais dos alunos, Gerailton não consegue arcar com tudo do projeto, e pede recursos para continuar lapidando talentos. “Materiais esportivos, colete, bolas. Isso é um fator primordial, porque são instrumentos de trabalho”.

RECIFE BOM DE BOLA

O Geragol é uma das equipes participantes do maior campeonato de futebol de várzea do mundo. O Recife Bom de Bola é um dos torneio que revela jovens atletas para grandes clubes, não só de Pernambuco, como do Brasil todo. “Abriram as portas, não só para minha escolinha, como para diversos meninos que estão sendo chamados para clubes”, pontuou Gerailton.

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