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Dirigentes de Náutico e Sport explicam estruturas dos CTs

Após tragédia no CT do Flamengo, dirigentes pernambucanos explicam como funcionam os CTs locais

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 09/02/2019 às 13:51
Foto: Léo Lemos/Náutico
Após tragédia no CT do Flamengo, dirigentes pernambucanos explicam como funcionam os CTs locais - FOTO: Foto: Léo Lemos/Náutico
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Frente à tragédia que vitimou dez garotos da base do Flamengo no centro de treinamento Ninho do Urubu, no início da manhã de sexta-feira (8), a preocupação com outros centros de formação de atletas dos clubes brasileiros veio à tona. Em Pernambuco, Sport e Náutico já contam com os equipamentos e o Santa Cruz viabiliza seu CT.

LEÃO

Na opinião do vice-presidente executivo rubro-negro Carlos Frederico, os órgãos competentes precisam ter consciência de que se trata de uma estrutura complexa. Ele exemplifica que é preciso ter uma vistoria diferente em cada setor, como a cozinha, que exige Vigilância Sanitária, o hotel precisa de vistoria dos Bombeiros, que analisa rota de fuga, escada de incêndio, sprinklers, avaliação da academia.

"Num centro de treinamento tem isso tudo. Talvez as autoridades brasileiras hoje tenham tomado consciência infelizmente com um fato trágico desse de que existem estruturas no país para prática desportiva, que tem complexidade que envolve hotelaria, academia de ginastica", comentou o vice leonino.

Assim, ele pede uma junção dos órgãos públicos responsáveis para que haja um laudo conjunto. "Eu quero ter meu CT com um selo tipo uma ISO que em diga que aqui se forma realmente atleta de valor. Peço às autoridades que se crie um comitê para isso, que se possa vir ao clube de forma organizada. E diga quem sabe dar laudo de cozinha, atestar hotelaria e talvez assim consiga ter um selo de qualidade, um laudo definitivo ao final disso tudo", acrescentou.

TIMBU

Já no Náutico, o vice-presidente de futebol Diógenes Braga explicou que o alojamento da base está fechado atualmente, pois os garotos alvirrubros estão de recesso. Durante as férias dos meninos, o local passa por ajustes, assim como acontece com o local onde ficam os jogadores profissionais nas épocas de concentração.

"Essa estrutura até 2013 foi utilizada pelo elenco profissional, enquanto nós não tínhamos o hotel e passou a ser utilizada pelas categorias de base depois do hotel ser inaugurado. É uma estrutura que foi construída para atletas, ela não foi adaptada, tem não só os quartos de descanso, tem refeitório, cozinha, parque de recreação. Um prédio que nos dá segurança de saber que temos boas condições de alojar atletas", comentou o dirigente.

O alojamento alvirrubro acomoda até 45 atletas, mas não está em sua total capacidade por questões financeiras do clube. "A gente prefere acomodar um número de atletas que a gente consiga dar atenção, alojar custa, é caro e não é simplesmente ter onde dormir, tem toda a questão de funcionalidade", completou Diógenes Braga.

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