Os muros da histórica sede do Fortaleza amanheceram pichados nesta sexta-feira (31). Frases de protesto como "Acabou a paz", "Vergonha" e "Acabou a paciência" deixaram muita gente sem entender, já que o time conquistou três títulos nos últimos seis meses. Mas, tudo não passa de uma campanha cidadã do clube.
Com o mote "A dor existe mesmo onde tudo parece estar bem", o Leão do Pici colabora com a campanha de prevenção ao suicídio do Ministério Público do Ceará. Esta foi a primeira parte em conjunto com o MPCE. Juntos, outras ações "para combater esse mal silencioso, que às vezes se esconde até por trás de uma grande euforia", disse o clube.
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De acordo com o Ministério da Saúde, em dados divulgados em 2018, o Brasil registra 11 mil casos de suicídio por ano. O governo, porém, acredita que o número seja maior por causa da subnotificação. A cidade de Fortaleza é a segunda capital onde mais ocorrem casos.
No estado do Ceará, são ao menos 600 casos registrados por ano. Em Pernambuco, foram 396 notificações em 2016, ano mais recente dos dados. O Brasil está entre os 10 países com maior taxa de suicídio, a quarta maior causa de morte entre homens e mulheres entre 15 e 29 anos.
Para prevenir, é preciso atenção a alguns sinais, como falar sobre morte ou não ter um propósito, aumento de uso de álcool e drogas, agitação ou irresponsabilidade, excesso ou falta de sono, isolamento, raiva e alterações drásticas de humor. A ajuda pode vir do Centro de Valorização à Vida (CVV), através de ligação para o número 188 e pelo site www.cvv.org.br. Os Centros de Atenção Psicossocial e as Unidades Básicas de Saúde oferecem serviços de saúde.