FUTEBOL EM PE

Policiamento voltará ao normal para jogos do fim de semana de Náutico e Sport

Autoridades sinalizaram que Polícia Militar vai fazer a segurança em Náutico x Sampaio e Sport x Operário

JC Online
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Publicado em 24/09/2019 às 7:21
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Autoridades sinalizaram que Polícia Militar vai fazer a segurança em Náutico x Sampaio e Sport x Operário - FOTO: Leo Motta/JC Imagem
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O estádio dos Aflitos foi palco de uma festa. Mas poderia ter sido testemunha de uma tragédia. O efetivo menor de policiais militares no jogo entre Náutico e Juventude, no último domingo (22/9), expôs todos os presentes (e a imagem do futebol em Pernambuco) a um risco sem precedentes. O evento como um todo, desde a chegada dos times sem escolta até o final do jogo com o princípio de briga entre jogadores e a possível invasão de torcedores, ficou à perigo. Por “sorte”, o pior não aconteceu.

Depois da pressão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta segunda (23), houve uma reunião entre a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e o Governo do Estado, que decidiu a volta da segurança nos estádios feita pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) – o que é exigido pelo Estatuto do Torcedor. Vale lembrar que no próximo fim de semana, além de jogos do Náutico e Sport, vai ter também um grande evento musical – o Samba Recife, com 12 horas de duração.

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, se reuniu com a vice-governadora Luciana Santos (o governador Paulo Câmara está nos Estados Unidos) e eles chegaram a um acordo para que os PMs voltem a trabalhar nos jogos do próximo fim de semana. “A Polícia Militar vai voltar a trabalhar normalmente nos estádios sem problema algum. Eu conversei com a vice-governadora que entrou em contato com o Secretário de Defesa Social Antônio de Pádua. Todos chegamos a um entendimento e tanto o jogo do Sport, no sábado, como o do Náutico, no domingo, estão com policiamento garantido”, afirmou Evandro. O dirigente admitiu que recebeu ligações da CBF a respeito do assunto. “Os diretores me ligaram pra saber o que houve na partida do Náutico e das condições de segurança para os próximos jogos em Pernambuco. Isso é normal, não tendo segurança necessária a medida seria transferir o jogo para outra praça em outro Estado. Mas eu os tranquilizei e disse que já estava tudo contornado e resolvido”, disse o presidente da FPF.

A segurança nos eventos esportivos está prevista no lei número 10.671, popularmente conhecida como o Estatuto do Torcedor, de 2003, que determina no artigo 13 que “o torcedor tem direito à segurança nos locais onde são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas”. No artigo seguinte, o estatuto deixa claro a necessidade de tal segurança ser feita por agentes públicos: “A responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes, que deverão solicitar ao Poder Público competente a presença de agentes públicos de segurança, devidamente identificados, responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora dos estádios e demais locais de realização de eventos esportivos”.

ALTERNATIVA

Diante do impasse, a “segurança” na partida foi feita pela Guarda Municipal do Recife e por 200 seguranças particulares. Logo após o jogo, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, acusou a PMPE de fazer “biquinho e uma retaliação covarde”. Ontem, também em entrevista à Rádio Jornal, o presidente do clube, Edno Melo, voltou a criticar a instituição. “Infelizmente a Polícia Militar não cumpriu o papel dela. Inclusive pra que se entenda que houve realmente uma retaliação não houve escolta do ônibus do Náutico, não existiu policiamento pra fazer a revista dos torcedores. No momento em que você mais precisa da Polícia Militar, do Governo do Estado, ele dá as costas ao contribuinte. E ali tinha no mínimo 13 mil deles”, afirmou Edno Melo.

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