SELEÇÃO

Neymar reconhece que tem privilégios e diz que isso é normal

Jogador falou que isso é natural pelo que fez pela seleção e pelo nível que atingiu

JC Online
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Publicado em 09/10/2019 às 18:21
Lucas FIGUEIREDO / CBF)
Jogador falou que isso é natural pelo que fez pela seleção e pelo nível que atingiu - FOTO: Lucas FIGUEIREDO / CBF)
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Na véspera de completar 100 jogos com a camisa da seleção brasileira, Neymar recebeu uma homenagem da CBF, ganhando das mãos de Bebeto uma camisa alusiva à marca, além de ter concedido uma entrevista coletiva. O atacante reconheceu ter privilégios na equipe nacional, mas avaliou isso como natural diante da sua importância para o Brasil, citando que o mesmo ocorre com Messi no Barcelona.

"Estou na seleção há 10 anos (na verdade há nove, desde agosto de 2010). Sempre fui um dos principais nomes e um dos que carregavam tudo nas costas. Nunca fugi disso. Sempre desempenhei meu papel muito bem na seleção", justificou. "Quando um atleta atinge um nível desses, é normal ter um tratamento diferente. No Barcelona, o Messi tem um tratamento diferente. É por que ele é mais bonito? Não. É por tudo que ele faz. Não digo só de mim, mas de todo mundo que mostra um futebol nesse nível. É normal no futebol, faz parte", disse.

As declarações de Neymar contrastam com as feitas pelo técnico Tite algumas horas antes da entrevista do atacante de 27 anos.
Questionado sobre as críticas que recebe no País pela maneira como trata o atacante, ele reagiu de maneira firme. "Não pago preço para ficar bajulando jogador nenhum. A minha verdade e a minha consciência são maiores. Tenho muita paz comigo mesmo", disse. "Não passamos a mão na cabeça de ninguém. Ninguém se engana. Isso não faço. Faço o que tenho que fazer com Neymar, com Marquinhos, com Gabriel Jesus... Não tenho isso", completou o treinador.

Visto como principal aposta do Brasil para devolver ao País o protagonismo no futebol, Neymar não vem conseguindo figurar nas listas de melhores do mundo nas últimas temporada - 2017 foi o último ano em que esteve entre os finalistas da premiação da Fifa, sendo o terceiro colocado. Mas culpou as lesões que sofreu nos últimos anos por suas dificuldades, além de ter avaliado que, mesmo assim, vem se saindo bem quando está em campo. "É óbvio que meu objetivo é sempre estar entre os melhores.
Nesse últimos dois anos só não estive ali porque acabei me machucando, fiquei muito tempo fora. Isso atrapalha. Mas se você analisar e pegar os jogos, números, enfim, você vai ver que eu nunca deixei de jogar futebol. Infelizmente isso é uma coisa na vida de um atleta que pode acontecer e tem que ter cabeça para dar a volta por cima. Terminando a temporada completa, pode ter certeza que eu vou estar lá em cima", disse.

MERCADO

Neymar movimentou o mercado na última janela de transferências, especialmente após afirmar que pretendia deixar o Paris Saint-Germain. O atacante, porém, permaneceu no clube francês e tem convivido com a insatisfação dos torcedores da equipe.
Ainda assim, vem conseguindo se destacar em campo, com quatro gols marcados em cinco jogos disputados pelo PSG - também fez um nas duas vezes em que entrou em campo pela seleção. E garante estar satisfeito com o seu atual momento.

"Estou feliz na seleção e no clube também. Todo mundo sabe do que aconteceu no mercado de verão (europeu) e da vontade que eu tinha de sair. Hoje me sinto feliz e à vontade no clube também.  Não é só na seleção que estou feliz. A temporada começou muito boa para mim. Defenderei meu clube com unhas e dentes. Darei 100% para que conquistemos coisas grandes", comentou.

Defendendo a seleção desde 2010, Neymar vai completar 100 jogos pela equipe no amistoso desta quinta-feira, a partir das 9 horas (de Brasília), contra Senegal, em Cingapura. "O saldo fica muito positivo, mas, na vida de um atleta, nem sempre são só vitórias. São muitas decepções, derrotas, comete-se muitos erros. Mas se você for um cara que batalha no final de tudo você consegue redimir seus erros. Estou muito feliz por atingir essa marca", afirmou.

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