Com 71 anos e desempregado há sete meses, o treinador Givanildo Oliveira, o "Rei do Acesso, revelou que não pensa em aposentadoria e que deseja trabalhar por pelo menos mais dois anos. Em entrevista ao repórter da Rádio Jornal, João Victor Amorim, o técnico falou sobre a vontade de voltar a comandar uma equipe, sobre a nova tendência em contratar treinadores estrangeiros e que não aprova o trabalho de Tite à frente da seleção brasileira.
"Claro que agente vai sentindo (o momento de inatividade). Vão indo para seis meses e fico impaciente. Eu penso ainda em mais um dois anos para trabalhar e depois sossegar. Eu estou na ativa, mas não estou trabalhando. Estou aberto para qualquer convite. Apareceram treinadores novos e o processo natural da vida é você amadurecer e ficar de lado. Não surgiu nenhuma sondagem. Vontade tenho, tenho condições. A gente vê pessoas com idade bem mais avançada. Então a gente tem condições de voltar a trabalhar e trabalhar bem", comentou Givanildo que teve como último trabalho sua passagem pelo América-MG, em maio.
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De lá para cá, ele disse que foi sondado por dois clubes, mas as negociações não avançaram. "Quando os campeonatos estavam acontecendo houve dois contatos, mas não vingaram. Mas todo presidente, diretor e assessor estão trabalhando, querendo contratar. Não posso dizer que a idade não pese, mas o Santos contratou um treinador de 73 anos. Eu tenho 71. Eu tenho gana como muita gente tem, muito treinador está querendo também.
FLAMENGO
"Eu vou falar do Flamengo e quero dizer que não sou e nunca fui contra (contratar) treinador de fora. Porque eu quis ir para fora. Felipão passou quantos anos em Portugal? Se eles (o Flamengo) acham que têm que trazer de fora eles tragam", pontuou o treinador, sobre a parceria entre Flamengo e o técnico português Jorge Jesus. Ele continuou. "Por exemplo, o Íbis não vai ser campeão do Pernambucano nunca. Porque não tem estrutura para isso. É difícil (vencer o time rubro-negro carioca) pela qualidade do grupo, mas não é impossível porque aconteceu na última partida (contra o Liverpool, pela final do Mundial de Clubes). O grupo é muito forte e o treinador é muito bom", argumentou.
Givanildo ainda falou que buscar treinadores estrangeiros, especialmente de Portugal, é uma tendência inciada justamente pelo Flamengo. "Pode chamar de modismo. Sampaoli decidiu sair do Santos, apareceram três para o lugar dele, mas futebol vai muito do momento. O Flamengo está em um bom momento e quem está frente do Flamengo? Um treinador de fora", pontuou. O Santos anunciou na segunda-feira passada a contratação do treinador português Jesualdo Ferreira, com vínculo até o final de 2020.
ATUALIZAÇÃO E CONHECIMENTO
"Eu não estou mais nessa fase de aprender. É válido. Se eu estivesse mais pra trás eu iria. Não é que eu não iria aprender agora. A gente sempre aprender, mas não vou. Sempre estou lendo", comentou. "Eu não gosto do trabalho de Tite", pontuou.