A decisão do Náutico de levar todos os seus jogos para a Arena Pernambuco nunca foi unanimidade entre os torcedores. Com a ação tomada pelo Governo do Estado de Pernambuco em rescindir o contrato com a Arena Pernambuco Negócios e Participações, braço da Odebrecht, os alvirrubros mais esperançosos se animaram imaginando que o Timbu poderia voltar a jogar nos Aflitos, na Zona Norte do Recife. No entanto, se o clube precisar do seu reduto tradicional, vai ser necessário esperar um longo tempo para realizar uma grande reforma no estádio.
Acompanhado do diretor patrimonial, Stênio Cuentro, a reportagem do Blog do Torcedor visitou as dependências dos Aflitos (vídeo) para observar o estado que se encontra as estruturas do antigo palco do time profissional de futebol do Náutico. Durante todo o percurso, foi possível observar problemas nas instalações provocados pela falta de cuidados nos últimos anos.
Um campo quase inexistente, arquibancadas sujas e tomadas por plantas, instalações elétricas e hidráulicas expostas e estruturas de concreto e alvenaria comprometidas são alguns dos problemas dos Aflitos. Sabendo da real situação do estádio, a diretoria alvirrubra tem consciência de que é preciso um investimento pesado para colocar o estádio em condições de receber uma partida profissional de futebol.
“Primeiro é preciso fazer um projeto para diagnosticar as normas de segurança e mobilidade as quais o estádio precisa se adequar. Os Aflitos parou de receber grandes públicos há alguns anos. É preciso buscar as aprovações legais e os recursos para realizar uma reforma e poder voltar a sediar os jogos”, afirmou o diretor patrimonial do Náutico, Stênio Cuentro, que ainda declarou ser necessário uma série de protocolos para a ativação do estádio.
“Para liberar o funcionamento dos Aflitos é preciso ir à Prefeitura do Recife e aos órgãos competentes para saber a série de normas que precisamos nos adequar”, completou.
Como a volta para os Aflitos é apenas uma hipótese ainda longe dos planos do Timbu, não existe um tempo para realizar as melhorias no estádio. Porém, existe a certeza que é necessário um longo período para realizar as obras.
“Primeiro existe o tempo para resolver a questão do projeto e da reforma. E segundo, o tempo para resolver toda a parte burocrática, que não tem como controlarmos”, disse Cuentro.
A prioridade da gestão que assumiu o Náutico no início deste ano foi realizar uma revitalização das estruturas sociais do clube. Segundo o diretor patrimonial do Alvirrubro, cerca de 800 pessoas frequentam a sede do Timbu. A justificativa de não mexer no campo é a de que os locais para os treinos e jogos do time de futebol são o Centro de Treinamento Wilson Campos e a Arena Pernambuco.
“Temos um arquiteto trabalhando na reforma da sede social dos Aflitos. Não fomos para a parte do futebol porque até o momento temos um dos melhores Centro de Treinamento da região e uma bela Arena para jogar”, afirmou Stênio.
