AFLITOS

"A Arena, por vezes, é um campo até neutro", disse Dal Pozzo

Treinador alvirrubro gostaria de voltar ao Eládio de Barros Carvalho para contar com o incentivo da torcida

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 25/03/2016 às 8:26
Foto: JC Imagem
Treinador alvirrubro gostaria de voltar ao Eládio de Barros Carvalho para contar com o incentivo da torcida - FOTO: Foto: JC Imagem
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Que a torcida do Náutico nunca se sentiu em casa na Arena Pernambuco isso fica evidente nos míseros públicos registrados nas partidas do timbu. No máximo, o estádio de São Lourenço da Mata é uma ‘casa alugada’. O clamor de torcedores e dirigentes alvirrubros para que o time alvirrubro volte a mandar seus jogos nos Aflitos – principalmente após o rompimento do governo com a administradora da Arena – só aumenta.

Além dos expectadores timbus que encontram dificuldades para chegar ao estádio localizado em São Lourenço da Mata, agora, chegou a vez de quem faz o espetáculo também apoiar a possibilidade de retornar ao Eládio de Barros Carvalho.

“Eu gostaria muito, porque na época que eu ainda atuava, sabia o quanto era difícil jogar nos Aflitos. E gostaria que isso acontecesse nessa campanha, com esse grupo de jogadores e da maneira que estamos jogando. Dentro dos Aflitos, eu tenho certeza que seria diferente”, opinou Dal Pozzo. Ainda segundo o comandante timbu, jogar em São Lourenço da Mata acaba sendo um benefício para os adversários. “A Arena, por vezes, é um campo até neutro. Por isso, para jogarmos na semifinal do Estadual, por exemplo, que é um campeonato diferente, com regulamento diferente, temos de jogar com um padrão de jogo bem definido, com boa produtividade e volume de jogo tanto dentro como fora de casa, porque não vejo grandes vantagens de jogar lá dentro”, finalizou.

A justificativa de Dal Pozzo para a ausência de pressão em cima dos adversários se deve pelo baixo número de torcedores em proporção a capacidade da Arena. “Se você colocar 4,5 mil torcedores na Arena nem parece que tem muita gente no estádio. Já se colocassem essas mesmas 4, 5 mil pessoas nos Aflitos iria fazer a diferença, porque a torcida fica mais próxima do campo e incentiva bem mais”, explicou.

Para o goleiro Júlio César, que já teve a experiência de atuar no estádio da Conselheiro Rosa e Silva como adversário, o Náutico é praticamente imbatível em seus domínios.

“Toda vez que a gente vinha jogar com o Náutico nos Aflitos era bastante falado isso durante a semana. Que os Aflitos era pressão, caldeirão. Eu vim aqui com o Corinthians duas vezes e perdemos as duas - em 2007 e 2012. Pra você vê a força que o Náutico tinha jogando nos Aflitos, batia de frente com qualquer equipe do cenário nacional. Isso ajuda muito, deixa a equipe mais competitiva”, contou.

Cria do Náutico, o hoje “veterano” goleiro Rodolpho ressalta não somente a questão futebolística, mas também a possibilidade de rememorar o que foi vivido no estádio. “Se voltarmos para os Aflitos, vamos reviver toda uma história, relembrar o passado, as alegrias e os grandes jogos que fizemos lá. Para mim, principalmente, por ter nascido naquele estádio, ter feito grandes jogos e aparecido para o futebol brasileiro. A gente sabe da força que tem os Aflitos e vai ser fundamental, principalmente para o torcedor”, explicou.

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