Se tem uma coisa que vem prejudicando bastante os times na Série B desse ano é a maratona de jogos. Desde o início da competição, no dia 13 de maio, foram disputadas 17 partidas em 71 dias, o que compreende entrar em campo a cada quatro dias. As rodadas do primeiro turno da Segundona estão sendo disputadas de forma acelerada devido a realização das Olimpíadas, já que o campeonato será paralisado durante os Jogos do Rio - 18 dias. Com isso, a falta de tempo para recuperar os atletas de um confronto para outro tem ocasionado um número elevado de lesões. O departamento médico do Náutico que o diga.
Leia Também
Atualmente, sete jogadores que sofreram lesões no decorrer da Série B estão sob os cuidados médicos do clube: o goleiro Rodolpho, os volantes Eurico e Rodrigo Souza, o meia Esquerdinha, e os atacantes Taiberson, Bergson e Yuri Mamute. “A sequência de jogos tem relação direta com o alto número de lesões. Mas também tem o fato de jogar na terça-feira no Recife, e depois ter de encarar uma viagem para jogar no Sul do País na sexta-feira ou no sábado. O Náutico é o time que mais se deslocou nessa Segundona e isso dificulta no processo da recuperação física e, consequentemente, surgem as lesões”, explicou Fábio Ribas, médico do Náutico.
De acordo com o preparador físico do clube, Elliot Paes, os jogadores só devem ser submetidos a um treino mais forte depois de 48h da realização da partida, já que antes disso o índice do “CK” dos atletas estão elevados e o risco de sofrer uma lesão aumenta. Diante de um calendário apertado, a comissão técnica do Náutico muitas vezes tem optado pela recuperação do elenco, ao invés realizar um trabalho com bola.
O principal indício que a maratona de jogos está pesando é quando vários atletas do plantel começam a sofrer lesões musculares. Segundo Fábio Ribas, somente nesse ano, o Náutico teve 17 casos do tipo.
“No futebol, em si, a coxa é a parte do corpo que tem o maior índice de lesão muscular, principalmente a parte posterior, que é o músculo da explosão e da arrancada. Tivemos 17 lesões musculares esse ano, um pouco acima da média dos clubes da Série B, que é de 15”, disse o médico alvirrubro, mas ressaltando que nenhum atleta do clube voltou a sentir a mesma contusão. “Não tivemos nenhum caso rescindível. Alguns jogadores tiveram outras lesões, porém nenhum voltou a sentir a mesma”, contou Ribas.