Um dos principais jogadores do Náutico na conquista do Hexacampeonato Pernambucano, de 1963 a 1968 (até hoje, a maior conquista do Timbu), o ex-meio-campista Ivan Brondi também tem no seu currículo uma participação em Jogos Olímpicos. O atual presidente em exercício do clube da Avenida Rosa e Silva foi convocado para disputar as Olimpíadas de Roma, em 1960, quando ainda defendia as cores da camisa do Palmeiras.
“Eu só tinha 18 anos quando fui convocado para defender a seleção olímpica. Aquele grupo ainda contava com jogadores que depois dos jogos se notabilizaram no futebol brasileiro, como Gérson, o canhotinha de ouro, Roberto Dias, ex-São Paulo, e Décio Teixeira, ex-Atlético-MG. A seleção era comandada por Vicente Feola, que também era o treinador da seleção principal”, falou Ivan Brondi.
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Antes de embarcar para a Roma, o ex-meia lembrou que o Brasil passou por um período de treinos em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e realizou dois amistosos no Peru, contra a seleção local. Já em solo italiano, Ivan Brondi conta que a seleção brasileira foi bastante assediada, afinal, tinha conquistado a Copa do Mundo da Suécia, em 1958. No torneio olímpico, o Brasil encarou a Inglaterra, em Livorno, a República da China, em Roma, e se despediu da competição diante dos donos da casa, em Florença.
“Vencemos as duas primeiras partidas e só precisávamos de um empate contra a Itália, no último jogo, mas infelizmente perdemos e saímos da competição”, contou Brondi, rememorando que Gérson abriu o placar para os brasileiros, mas Gianni Rivera “o Bambino de Oro” marcou três gols e virou para os italianos, que ainda contavam com Giovanni Trapattoni no elenco.
Além das lembranças vividas no torneio de futebol, Ivan revelou que também teve a oportunidade de acompanhar algumas provas de outras modalidades e que ficou encantado com a ovação a um certo maratonista desconhecido por ele e que corria de pés descalços.
“Guardo no meu coração o fato de ter participado de um evento daquela amplitude. O congraçamento entre os povos e o convívio com grandes atletas daquela atualidade. Tive a oportunidade de ver Abebe Bikila, vencedor da maratona, entrar no estádio Olímpico sendo aplaudido de pé. Foi uma coisa fantástica e que nunca me esqueço”, lembrou emocionado.
JOGOS DO RIO
Sobre a seleção comandada por Rogério Micale, Ivan Brondi acredita que os brasileiros têm condições de conquistar a inédita medalha de ouro para o Brasil. Assim como todo o País, a esperança do presidente em exercício do Náutico está nos pés do craque do Barcelona, Neymar.
“Acho que a nossa seleção é muito boa e conta com grandes jogadores. Alguns não conheço muito porque subiram a pouco tempo da base, mas acredito no nosso grupo. Não é toda seleção que tem Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol. Tenho certeza que eles farão a diferença para nós. Espero que o Brasil seja campeão olímpico”, desejou.