TORCIDA

Três histórias, um desejo do Náutico subir

Torcedores com diferentes envolvimentos com o clube só pensam no acesso

Leonardo Vasconcelos
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Leonardo Vasconcelos
Publicado em 23/11/2016 às 7:45
Leonardo Vasconcelos / Especial para o JC Imagem
Torcedores com diferentes envolvimentos com o clube só pensam no acesso - FOTO: Leonardo Vasconcelos / Especial para o JC Imagem
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Três torcedores do Náutico. Três histórias diferentes com o clube. O que os une é a expectativa em comum de no sábado poder comemorar o acesso do Timbu à Série A em 2017. Lucas Lyra, Maria Helena Marrocos e Gustavo Krause. Eles não se conhecem, mas se reconhecem enquanto parte do mesmo sonho alvirrubro de voltar a disputar a elite do futebol nacional. 

Em casa depois de três anos e quatro meses internado no Hospital Português, Lucas Lyra se considera, antes de tudo, um vitorioso. Ele foi baleado na cabeça no dia 16 de fevereiro de 2013, em frente aos Aflitos, durante confronto entre torcidas organizadas, e até hoje está em recuperação. “Quando eu cheguei no hospital, os médicos disseram que eu tinha apenas 1% de chance de sobreviver e hoje, graças a Deus, eu estou aqui falando com você. O Timba hoje tem uns 37% de chance de subir de divisão. Por que ele não iria conseguir?” questionou Lucas, se colocando como exemplo de superação para o seu time do coração. 

Durante o longo tempo em que esteve internado, Lucas recebeu a visita de vários atletas alvirrubros e reafirmou a confiança neles para conquistar o tão desejado acesso. “O Náutico formou um bom time, desde o gol, passando pela defesa, lateral, até meio de campo e ataque. E contando ainda com o Rei do Acesso, Givanildo Oliveira, só podemos desejar: vai pra cima deles, Timbu!”, disse o torcedor, procurando fazer o seu papel de incentivar o elenco. 

Ele ainda sofre de problemas motores, mas aprendeu com a própria trajetória a ser otimista. E transfere esse sentimento ao clube do coração. “Um time que é uma das três forças de Pernambuco não pode estar na Série B. Ele vai subir”, disse Lucas. 

Quem também está fazendo o mesmo é a dona Maria Helena Marrocos, de 82 anos. Apesar de travar uma luta diária contra uma osteoporose em estágio avançado, ela conseguiu realizar o sonho de ir pela primeira vez a um estádio de futebol. Foi no dia 28 de outubro deste ano, quando assistiu na Arena de Pernambuco à importante vitória alvirrubra de 2x1 em cima do campeão da Série B, o Atlético-GO. 

O JC acompanhou a visita pé quente dela junto com quatro gerações da família. “Eu adorei, foi uma experiência maravilhosa. Eu senti uma emoção muito grande em ver o meu time ganhar ao vivo. Um dia especial e inesquecível”, disse a matriarca. No sábado, ela não vai poder estar presente, mas fez uma projeção. Bastante otimista, por sinal. “O Náutico vai ganhar de 3x0 e todos os outros resultados vão ajudar. Estou muito confiante de que o time vai subir”, assegurou dona Maria Helena.

O ex-ministro, governador e prefeito Gustavo Krause, que desempenhou vários cargos dentro do clube, é outro alvirrubro na expectativa do acesso. “Eu entrei no clube pela primeira vez aos oito anos de idade e daí fiz um pouco de tudo, mas nunca deixei de ser um torcedor. E nessa visão eu não queria que o Náutico chegasse para esse jogo decisivo dependendo dos outros. Mas eu acho que o time ultrapassa esse obstáculo”, disse Krause. 


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