Depois de abrir mão de Gastón, contratado pelo Ceará, o Náutico pode ter outro estrangeiro para a temporada 2017. E na mesma posição do uruguaio. O clube está avaliando o lateral-esquerdo argentino Leonel Bontempo, que joga no Racing Santander.
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Com 24 anos, Bontempo se notabiliza pela marcação. E por arremessos laterais cobrados na pequena área adversária. Mas não costuma finalizar. Em três anos como profissional, nunca marcou um gol. Foram 55 jogos pelo Quilmes, onde disputou duas temporadas e meia, além de mais 14 partidas pelo Racing. Ambos da Primeira Divisão da Argentina.
Leonel Bontempo nasceu em Buenos Aires, tem 1,73m e 73 quilos.
Para o diretor de futebol Marcílio Sales, a negociação está avançada. Com detalhes acertados e faltando apenas a assinatura do contrato para sua concretização. Embora outro dirigente, Eduardo Henriques, tenha optado por ser mais precavido. “Estamos tomando informações sobre condições de jogo, além dos valores. Mas não há nada certo. Houve um contato e só. Não está tão perto assim”, ressaltou Henriques. “Para trazer estrangeiro, tem que ter convicção”, acrescentou.
Eduardo Henriques confirmou que o Náutico chegou a sondar outros jogadores de fora do País. Mas não conseguiu fechar com um meia e um atacante, cujos nomes não revelou. “Pela alta do dólar, os valores estão parecidos com os do Brasil. Mas ainda assim, é possível encontrar bons jogadores até com custo menor que o de brasileiros”, destacou. “O futebol brasileiro está superinflacionado”, completou.
Entre brasileiros, o Náutico chegou a sondar outros laterais, como Juninho, do Goiás. Mas o salário elevado para os padrões alvirrubros fez a negociação esfriar. O Cruzeiro chegou a oferecer Pará, mas o Timbu não demonstrou interesse.
Marcílio Sales adiantou ainda que o acerto com o meia Dudu, do Fluminense, está mais próximo. Já o atacante Rafael Silva, dado como certo, não deve vir mais. O jogador do Cruzeiro tem proposta do futebol árabe. Assim como o meia Thomás,que disputou a Série B pelo Joinville.
HISTÓRIA
Desde que passou a disputar o futebol, o Náutico sempre teve estrangeiros. Primeiro com ingleses e descendentes que trabalhavam no Recife no início do século passado. Depois com gringos que chegaram com o início da profissionalização do esporte. Foram dezenas. Como o Jamaicano Alan Cole, o uruguaio Claudio Millar e tantos outros. Especialmente a partir dos anos 2000. O maior nome foi Acosta, que chegara do Peñarol, em 2007. Com jeito desengonçado, o uruguaio ajudou o Timbu a se manter na Série A daquele ano. Sendo vice-artilheiro do Brasileirão, com 25 gols.