A diretoria do Náutico voltou a demonstrar convicção no trabalho realizado pelo treinador Márcio Goiano. Depois de ter "bancado" o técnico no comando do time alvirrubro até o final da temporada, depois da classificação na Copa do Brasil, o vice-presidente Diógenes Braga explicou que entender o cenário financeiro que o clube está inserido e o trabalho com a base são pontos que contam a favor para o treinador ter a confiança da diretoria.
“A palavra no futebol é convicção. Temos o desenho do cenário que estamos inseridos, do contexto financeiro, da condição de contratações e competições, e o perfil e o encaixe do treinador é o que faz ter convicção no profissional. Se fala muito da questão da defesa, mas a gente tem o ataque mais positivo de Pernambuco, temos uma média de praticamente dois gols por jogo", afirmou Diógenes Braga, em entrevista à Rádio Jornal.
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TRABALHO COM A BASE
Atrelada a limitação financeira do Náutico na temporada, está a necessidade do trabalho com os jovens atletas das categorias de base do clube. No jogo contra o Imperatriz, por exemplo, dos 14 jogadores utilizados por Márcio Goiano, nove foram formados na base alvirrubra, contando com o experiente Jorge Henrique, que depois de ser revelado pelo Timbu rodou por várias equipes.
"Esse ano a gente precisa muito revelar atletas, nós temos uma excelente safra e é preciso que o treinador que esteja dentro do clube tenha essa facilidade de trabalhar e lançar esses atletas. Márcio (Goiano) tem essa habilidade, é uma característica dele, então isso é muito impactante, principalmente pela falta de recurso, da necessidade de se revelar e dificuldade de contratar", comentou Diógenes.
NÚMEROS
Com menos de um mês do início da temporada, o Náutico realizou nove jogos. Foram três vitórias, três empates e três derrotas. Com o sistema defensivo em cheque, o time sofreu 12 gols, em compensação, marcou 15 vezes. Ainda com a equipe oscilando, Diógenes Braga afirmou que não se pode avaliar o trabalho de Márcio Goiano somente com o desempenho dentro de campo.
"Não se pode analisar o futebol vendo só se jogou bem ou mal, não é assim. Tivemos um hiato de quatro meses sem jogos, completamos 27 dias de trabalho e jogamos nove partidas, só neste começo de temporada. Então não podemos colocar a possibilidade de interromper um trabalho que foi pensado, planejado, porque o início não foi agradável", avaliou o vice-presidente alvirrubro.