Análise de desempenho

Centro de Inteligência do Náutico trabalha prospectando atletas para 2020

Centro de Inteligência do Náutico analisou mais de 100 jogadores desde o término da Série C

Fernando Castro
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Fernando Castro
Publicado em 27/11/2019 às 8:03
Bobby Fabisaki/JC Imagem
Centro de Inteligência do Náutico analisou mais de 100 jogadores desde o término da Série C - FOTO: Bobby Fabisaki/JC Imagem
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Faltando praticamente dois meses para o início da próxima temporada, o Náutico avançou no planejamento do futebol, está perto de encerrar o ciclo de renovações e agora trabalha para avançar nas contratações. Com o objetivo de montar um elenco forte para disputar as quatro competições de 2020, o Centro de Inteligência do Náutico (CIN) tem trabalhado com a prospecção de novos atletas. Desde o fim da Série C, o departamento coordenado pelo analista de desempenho Anderson Borges, já montou mais de 100 relatórios de jogadores.

"Hoje a gente trabalha no processo de prospecção de atletas em conjunto. O departamento de análise de desempenho participa de todos os processos e a gente vai colhendo as informações junto com as opiniões da diretoria e da comissão técnica. A gente vai dando o nosso parecer sobre o que os atletas podem dar e vamos debatendo em conjunto, esse debate é diário, o tempo todo, não para de aparecer atletas. Fizemos relatórios de mais de 100 atletas nesse período, montamos vídeos, fizemos análises, situando por ordem de prioridade o que a gente pretende para cada posição", explicou o analista Anderson Borges.

Com as contratações do lateral-direito Bryan e do atacante Salatiel já anunciadas, a diretoria do Náutico mantém contato diário com o CIN para qualificar o elenco alvirrubro. Vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga acredita que o departamento de análise de desempenho ajuda a minimizar os erros. "Utilizamos bastante o departamento de análise de desempenho, a gente entende que esse departamento é uma evolução do futebol, é fundamental para avaliação de atletas e contratações, como também para analisar o nosso elenco, as características dos jogadores, é um avanço técnico do futebol", avaliou Diógenes.

Além dos dois reforços, o Náutico renovou contrato com dez jogadores para a próxima temporada: os zagueiros Diego Silva e Fernando Lombardi, os laterais Wilian Simões, Erick Daltro e Assis, os volantes Josa e Jhonnatan, o meia Jean Carlos e os atacantes Jorge Henrique e Matheus Carvalho. Dos jogadores tratados como prioridade, apenas Álvaro ainda não acertou a permanência no Timbu. A chegada do atacante durante a Série C, aliás, teve influência do Centro de Inteligência do Náutico. O jogador era um dos nomes presentes no banco de dados do analista Anderson Borges.

PARAGUAI

Pelo segundo ano consecutivo, o Náutico enviou o executivo de futebol Ítalo Rodrigues ao Paraguai para monitorar jogadores e prospectar possíveis contratações. A viagem faz parte do planejamento do clube e os atletas observados passam a integrar o banco de análises do CIN. De acordo com Anderson Borges, nesta temporada, houve um aumento de atletas prospectados em relação à viagem de 2019.

"No ano passado, a gente ficou com mais de 15 atletas no nosso banco de dados, observamos mais de 40 e fizemos uma filtragem. Nessa nova viagem, abrimos ainda mais o leque e a gente vai acompanhando esses jogadores e vendo qual a situação de mercado. É um mercado interessante, um pouco mais barato e com atletas com um nível competitivo muito alto. Temos observados atletas interessantes, mas isso não quer dizer que vai ser contratado, são atletas que entram no processo e vamos criando prioridades e debatendo esses nomes", disse Anderson.

ERROS

Apesar de todo estudo realizado pelo departamento de análise de desempenho do Náutico, Anderson acredita que no futebol é impossível eliminar 100% dos erros com as contratações. "O interessante do processo no Náutico é que tudo passa pela análise de desempenho. Os jogadores que deram errado também, a gente avaliou, analisou, debateu, decidimos em conjunto que valia a pena investir, o custo benefício era bom, mas às vezes acontece do atleta não desempenhar o que a gente imaginava, isso é natural do futebol", destacou Anderson.

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