A cada dia que passa, o quadro de arbitragem da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) perde mais e mais espaço. Para se ter uma ideia, nas últimas 10 decisões do Estadual (contanto com a de desta quarta-feira), apenas cinco juízes escalados eram do quadro local. Em todos os casos, a opção por juízes de fora veio após muita pressão dos dirigentes de clube. De acordo com presidente da FPF, Evandro Carvalho, seria justamente esse o principal fator causador da dasacreditação dos juízes locais.
“Os dirigentes criticam tudo, até mesmo antecipadamente, como defesa. O nosso quadro está desistabilizado. Em nosso relatório de psicologia, nenhum juiz quer apitar jogos do Sport, por exemplo”, disse ele, que promete repensar o seu quadro de arbitragem ao fim deste campeonato.
O dirigente do Leão, Fred Domingos, pensa parecido. Mas para ele, são os árbitros que não estão supurtam pressões.
“Nós temos juízes muito jovens, que ainda não têm preparo psicologico e nem técnico. Quando erram, geram uma pressão externa muito forte sobre eles, o que influi na arbitragem”, afirmou.
Por outro lado, também tem quem defenda a participação dos juízes locais. O presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, é um deles. Ele afirma confiar no quadro e diz que só pediu a retirada do auxiliar Elan Vieira do jogo desta quarta, por que o erro que ele cometeu na primeira partida da final o desestabilizaria se ele voltasse tão rápidamente.
“Eu confio no quadro local e preferia que fosse todo mundo de casa no Pernambucano. Quem pediu que viesse um juiz de fora foi o Sport”, contou.