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Del Nero ressalta que não renuncia, mas pensa em licença

O Comitê de Ética da Fifa anunciou a abertura de investigação contra o dirigente

Da Folhapress
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Publicado em 03/12/2015 às 14:59
Rafael Ribeiro/ CBF
O Comitê de Ética da Fifa anunciou a abertura de investigação contra o dirigente - FOTO: Rafael Ribeiro/ CBF
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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, discute na tarde desta quinta-feira com dirigentes da entidade e presidentes de federações se vai se licenciar do cargo. O Comitê de Ética da Fifa anunciou a abertura de investigação contra o dirigente. Por volta das 16h, a secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, deve anunciar o indiciamento do presidente da CBF. Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade, também deve ser indiciado.

Em contato com a reportagem após as notícias da manhã desta quinta, inclusive das prisões dos presidentes da Conmebol e da Concacaf, voltou a dizer que não vai renunciar. "Investigar é bom para esclarecer que nada existe contra a minha pessoa", disse à reportagem.

Na reunião desta tarde, eles discutem até a forma de sucessão. Del Nero se nega a se afastar em definitivo, mas já estuda se licenciar até o final da investigação na Fifa e no FBI. Neste caso, o ex-presidente da Federação Paulista de Futebol é favorável a posse de Fernando Sarney, um dos seus vices.

Ele foi indicado na semana passada para assumir o cargo de Del Nero no Comitê Executivo da Fifa. Nas conversas com a maioria dos dirigentes, o mandatário mantém seu discurso.

"Ele diz que não fez absolutamente nada de errado. Que ninguém poderá imputar a ele um ato ilícito que seja. Não fez nada ilegal", disse Antônio Américo, presidente da Federação do Maranhão, que esteve em uma confraternização nesta tarde, na sede da confederação, no Rio de Janeiro, bancada pela diretoria.

Del Nero não quer passar o poder ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, o primeiro na linha sucessória. O catarinense é opositor a Del Nero.

O futuro é discutido porque os dirigentes da CBF acreditam que a Fifa poderá pedir o afastamento do cartola após o anúncio oficial nos EUA.

A Fifa fez isso, por exemplo, com Joseph Blater e Michel Platini, alvos também de investigação na Justiça.


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