A Rússia pode ficar fora não só da Olimpíada, mas também da Paralimpíada do Rio. Nesta sexta-feira (22), o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou a abertura de um procedimento de suspensão contra o comitê russo (NPC Rússia), em consequência da publicação do chamado Relatório McLaren.
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"Após avaliar profundamente o relatório independente de Richard McLaren, junto com informações adicionais oferecidas ao IPC pelo autor, o Comitê de Governança do IPC ratificou a decisão de abrir procedimento de suspensão contra o NPC Rússia em luz da aparente inabilidade em cumprir suas responsabilidades e obrigações como membro do IPC", diz comunicado do órgão.
No entender preliminar do IPC, a Rússia "parece incapaz ou relutante em garantir o cumprimento e a aplicação do Código Antidoping do IPC dentro de sua própria jurisdição nacional". "O IPC considera isso vital para assegurar que os atletas são capazes de competir em igualdade de condições", continua a entidade.
Após publicar seu relatório na segunda-feira, Richard McLaren apresentou os nomes dos atletas paralímpicos que constam na lista de 35 casos positivos que, de acordo com o relatório, desapareceram do laboratório antidoping de Moscou. O IPC ainda enviou para reanálise 19 amostras colhidas durante a Paralimpíada de Inverno de Sochi, em 2014. McLaren os identificou como potencialmente suspeitos.
A partir de agora, a suspensão do comitê russo passa a ser discutido pelo IPC, que promete ouvir os russos e permitir a eles que apresentem suas justificativas. A entidade pretende anunciar sua decisão na semana de abertura dos Jogos Olímpicos, de 1.º a 7 de agosto. Se suspensa, a Rússia tem 21 dias para apelar. A Paralimpíada começa em 7 de setembro.
COI
O Comitê Olímpico Internacional (COI), por sua vez, promete decidir no fim de semana se atende o pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada) e exclui a Rússia da Olimpíada do Rio. Por enquanto, já é definitiva a ausência dos russos no atletismo, também em decorrência do doping sistemático.