LONDRES - O tenista escocês Andy Murray, número quatro do mundo, declarou nesta segunda-feira (9/7) que o suíço Roger Federer, que o derrotou na final do torneio de Wimbledon no último domingo, alcançou o mesmo patamar que lendas do esporte como o brasileiro Pelé ou o ex-boxeador americano Muhammad Ali.
Federer, de 30 anos, superou o britânico em quatro sets, com parciais de 4-6, 7-5, 6-3 e 6-4 e conquistou o heptacampeonato na grama londrina, igualando o recorde do seu ídolo, o americano Pete Sampras.
Ao conquistar seu 17º título em Grand Slams, o suíço voltou a liderar o ranking da ATP, desbancando o sérvio Novak Djokovic e alcançando outra marca de Sampras, ao somar 286 semanas na posição de número um do mundo.
Estas façanhas levaram Murray a compará-lo com Pelé, maior craque da história do futebol mundial, e Ali, maior boxeador de todos os tempos. "Federer já chegou a este nível. Rafa (Nadal) também. Roger joga de forma incrível. Muita gente me perguntou se o declínio dele já tinha começado, mas na verdade, a maioria dos jogos que ele perdeu nos últimos anos foram muito parelhos", explicou o escocês.
Antes de derrotar Murray na final de Wimbledon, Federer não vencia um Grand Slam desde a edição de 2010 do Aberto da Austrália. Foi naquele ano que ele perdeu a liderança do ranking para o espanhol Rafael Nadal, que foi ultrapassado por Djokovic há um ano, após o sérvio conquistar o título em Wimbledon.
"Se não fossem por pequenos detalhes que fizeram a diferença em algumas finais, ele poderia ter vencido 20 Grand Slams. Não acho que ele tenha voltado a ser número um do mundo sem merecê-lo", completou.