Surfe

Gabriel Medina curte fama e surfa 'em casa' em Maresias

Ele projeta a sua carreira para um novo patamar e no próximo ano será muito comum vê-lo em propagandas televisivas

Giovanna Torreão
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Giovanna Torreão
Publicado em 06/11/2014 às 7:09
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Ele projeta a sua carreira para um novo patamar e no próximo ano será muito comum vê-lo em propagandas televisivas - FOTO: Foto: AFP
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Na contagem regressiva para embarcar para o Havaí, Gabriel Medina aproveita o bom momento para curtir a fama e pegar ondas no quintal de sua casa em Maresias. Ele está disputando uma etapa da divisão de acesso do WCT, que termina neste domingo, e acaba de fechar mais um patrocínio para sua carreira, o 11.º, desta vez com a Samsung, que conta, entre outros, com atletas como Thiago Silva e Paulo Henrique Ganso.

Com o contrato, ele projeta a sua carreira para um novo patamar e no próximo ano será muito comum vê-lo em propagandas televisivas, independentemente de conquistar o título inédito para o Brasil do Circuito Mundial de Surfe - o garoto lidera o ranking e tem chances reais de ser campeão no Pipe Masters, no Havaí, em dezembro. Seus rivais são Kelly Slater e Mick Fanning.

“Tudo que estou vivendo hoje em dia é muito novo. O surfe sempre foi muito limitado, mas agora estou tendo essas oportunidades, faço comerciais, gravo com celebridades e isso é maneiro. Antes eram mais sessões de fotos”, disse Medina, que está tendo de lidar com um mundo novo, mas garante que se adaptou rapidamente. “Aos poucos vou me acostumando, estou me sentindo bem nas gravações. Até que estou tranquilo, sem vergonha ou timidez”.

Os valores pagos são mantidos em sigilo, mas no projeto idealizado para o surfista está a ideia de atrair grandes marcas e torná-lo um atleta tão valioso quanto estrelas como Neymar. Segundo Cesar Villares, manager de Medina, a intenção é valorizar agora os parceiros que apoiam o atleta. Além das 11 empresas, existe a intenção de aproximá-lo de um banco e uma empresa aérea.

O sucesso é evidente, mas Gabriel muitas vezes mostra-se encabulado com a situação. Em contrapartida, vem conversando com o pai Charles sobre a criação de um projeto social, “Eu sempre gostei de ajudar as pessoas, muitas vezes eu dei roupas de borracha, camisas ou bermudas para amigos ou pessoas próximas que estavam precisando. Me sinto bem com isso. O projeto social seria ideal para poder compartilhar um pouco do que eu já tive. Será para a vida toda”, revelou.

Foi nesta temporada que a carreira do garoto, que era tido como fenômeno quando adolescente, deslanchou. Ele passou a ter atuações mais regulares e venceu competições onde não era favorito como na Austrália, em Fiji e no Taiti. Com o sucesso surgiram mais patrocínios e ele pôde ajudar a construir uma casa maior para a família. É lá que ele passa seu tempo quando está no Brasil.

“Sei as dificuldades que eu passei, minha mãe e meu pai também sabem e o que a gente vive hoje é um sonho de moleque. Estou levando minha família para as competições, eles estão conhecendo uma parte do mundo, e eu estou fazendo o que mais gosto que é surfar. Estou vivendo meus sonhos. Já temos a nossa casa e nosso carro, só tenho de agradecer a Deus”, revelou.

Medina está na terceira fase da etapa da divisão de acesso, em Maresias, e é seu último torneio antes de embarcar para o Havaí. Além de servir para o surfista treinar, o campeonato vale para levantar o moral do atleta, ainda mais depois de ter perdido precocemente na etapa de Portugal do Circuito Mundial, em Peniche, e ter adiado o sonho do título.

“Tem sido bom, tenho visto meus amigos e minha família, estou competindo em casa, numa onda que sempre surfei. Já estava com saudades, pois estava viajando desde julho. Voltei para disputar essa etapa e estou adorando ficar esses dias em casa. Isso dá uma renovada nas energias para ir bem no Havaí”, comentou.

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