Em questão de 20 dias, a pernambucana Etiene Medeiros, 23, pôs seu nome na história da natação nacional. Primeiro, tornou-se a primeira mulher a conquistar um ouro em Campeonato Mundial. Na competição em piscina curta (25 m) de Doha, no início de dezembro, venceu os 50 m costas e, melhor ainda, bateu o recorde mundial.
Na última semana, durante o Campeonato Brasileiro Sênior em piscina longa (50 m), no Rio de Janeiro, voltou a impressionar. Bateu recordes sul-americanos nos 50 m costas (27s37) e nos 50 m livre (24s74).
As duas marcas lhe renderam vaga nos Mundial em piscina longa (50 m) de Kazan, na Rússia, em agosto de 2015. Cansada da maratona, ela agora espera por festa no Recife, para onde vai voltar para passar duas semanas de férias.
"Meu irmão deixou escapar que vai ter um banner gigante para mim, provavelmente no aeroporto", afirmou.
Etiene vive em São Paulo, mas teve o desfecho de uma temporada inesquecível no Rio, cidade pela qual é "apaixonada".
"Amadureci para caramba neste ano. Minha postura mudou. Prometo muito treino para [os Jogos de] 2016 para repetir esses momentos maravilhosos", disse.
"A ficha ainda está caindo do que fiz em Doha. Aquela medalha [de ouro] representa muita coisa para mim e para a natação brasileira. Mas o difícil não é chegar ao topo, é se manter." Antes, porém, ela quer matar saudade da família. "Agora partiu matar as saudades", afirmou.