Sob o comando do jóquei carioca B. Reis, o estreante Montardon se mostrou inteiramente adaptado ao areão do Jockey Club de Pernambuco, no Prado, e venceu neste domingo (21) a 46ª edição do Grande Prêmio Bento Magalhães, com direito a quebra de recorde. O castanho foi o primeiro a cruzar o disco com o tempo de 1min57s, após percorrer os 2.400 metros da prova. A melhor marca da distância pertencia a Ballian, seu companheiro no Stud São José dos Bastiões, que cravou 1min58s2 no Grande Prêmio Edísio Pereira, realizado no mês passado, também no JCPE.
A vitória de Montardon foi recebida com muita emoção por seus proprietários, já que os animais do Stud não venciam um Bentão, como a prova mais tradicional do turfe nordestino é conhecida, há 25 anos. O último cavalo com a farda do haras a trazer uma vitória no GP foi Capistrano, em 1989. “É muita felicidade. Ao longo de todos esses anos, sempre estivemos entre o segundo e o terceiro colocados e um novo título parecia que nunca ia chegar. Se não fosse por Montardon, não estaríamos celebrando esse momento maravilhoso”, vibrou o diretor jurídico do JCPE e membro do São José dos Bastiões, Luiz Sérgio Paiva.
A vitória de Montardon foi valorizada ainda porque, junto com B. Reis, ele deixou o jóquei carioca J. Ricardo, considerado o maior do mundo, para trás. O grande detalhe é que o castanho seria montado por Ricardinho, como o turfista também é chamado, mas ele resolveu mudar de cavalo, optando por Ballian. A troca ocorreu porque J. Ricardo achou que Montardon não estava a tempo suficiente no Recife e, por isso, poderia não render o esperando. O animal chegou do Rio de Janeiro à capital pernambucana há pouco mais de uma semana, quando o período mínimo indicado para a aclimatação é de 15 dias.
Leia mais na edição desta segunda-feira (22) do Jornal do Commercio