Provisória

Ministro considera momento propício para aprovação da MP do Futebol

Medida define limites para os gastos e estabelece regras para o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol

Da ABr
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Publicado em 11/06/2015 às 21:01
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Medida define limites para os gastos e estabelece regras para o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro do Esporte, George Hilton, disse hoje (11) que os recentes escândalos de corrupção no mundo do futebol criam um momento propício para a aprovação da Medida Provisória 671, conhecida como MP do Futebol. Ele participou da comemoração dos 100 anos do Tijuca Tênis Clube, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.

A medida provisória define limites para os gastos e estabelece regras para o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol. “Ela dará aos clubes do Brasil um novo modelo de gestão, novo momento da prática do futebol, e temos a expectativa de que seja aprovada no Congresso Nacional”, afirmou.

A MP está sendo analisada por uma comissão mista no Senado, cujo prazo de apreciação é 17 de julho. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não concorda com vários pontos da MP. Ontem (10), a reunião da comissão foi adiada pelo segundo dia consecutivo por falta de quórum.

“A CBF e os clubes precisam entender que agora é a hora de se adequarem a um novo momento, exigido não só aqui, mas no mundo inteiro”, afirmou o ministro.

Sobre a investigação dos esquemas de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa) e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Hilton o ministro disse que a sociedade não pode ficar sem resposta. “Defendemos investigações em todas as esferas, nos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. O que queremos é que isso se esclareça. E os eventuais culpados devem ser punidos.”

Em discurso na agremiação, o ministro revelou que faz aniversário no mesmo dia do clube, completando hoje 44 anos, “com muitos motivos para comemorar”, entre eles, a parceria com a associação. “Queremos ampliar ainda mais essa parceria", disse. “Queremos descentralizar não só os clubes do eixo Sul e Sudeste, mas também os do Norte e Nordeste, para que tenhamos projetos viáveis para interiorizar essa parceria, e revelar atletas por meio desse programa.”

Para Hilton, os clubes formadores têm protagonismo muito maior do que as confederações. "A partir de um sistema nacional de esporte [projeto de lei], que vamos enviar ao Congresso Nacional, permitiremos uma formação esportiva na base. E aí, sim, faremos deste país uma potência esportiva e de forma sustentável."

O Tijuca Tênis Clube recebeu repasse de verba do Ministério do Esporte de 2011 a 2013, de R$ 1,3 milhão, para o fortalecimento o esporte de alto rendimento de basquete, voleibol masculino e feminino, a implantação do centro de treinamento de nado sincronizado nas categorias infantil, juvenil, júnior e sênior. E, ainda, para a construção de um centro de treinamento para a formação e desenvolvimento de atletas de diferentes modalidades nas categorias mirim, infantil, infanto e juvenil, e compra de  material e equipamentos.

No ano passado, a agremiação recebeu verba de R$ 958 mil, recursos provenientes da Lei Pelé, por meio da Lei Agnelo/Piva, que incluiu o CBC nos repasses.

Para o presidente do Tijuca Tênis Clube, Paulo Maciel, os investimentos do Ministério do Esporte têm sido fundamentais para que a agremiação tenha fôlego para buscar e treinar atletas. Atualmente, 13 atletas tijucanos são agraciados com o benefício do Bolsa Atleta.

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