O número um do mundo, Novak Djokovic, sagrou-se campeão de Wimbledon pela terceira vez na carreira, ao derrotar neste domingo (12) o suíço Roger Federer em quatro sets, por 7-6 (7-1), 6-7 (12-10), 6-4 e 6-3.
O duelo foi uma reedição da final do ano passado, também vencida pelo sérvio, que conquistou seu primeiro título na grama londrina em 2011, e soma agora nove troféus em Grand Slams.
Em 2014, porém, a decisão tinha sido mais parelha, com vitória em cinco sets de 'Djoko', por 6-7 (7/9), 6-4, 7-6(7/4), 5-7, 6-4.
Desta vez, Federer não conseguiu manter a eficiência no saque mostrada na semifinal contra o britânico Andy Murray, e perdeu mais uma oportunidade de ampliar para 18 seu recorde de títulos em Grand Slams.
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"Não joguei mal, então estou satisfeito por isso. Esporte é assim, é impossível conhecer o resultado antes de jogar. Novak foi melhor nos pontos importantes. Trabalho duro, e ainda tenho fomes de vitória", comentou o veterano, visivelmente abatido.
O suíço de 33 anos não conquista um torneio desta categoria há três anos, desde o triunfo na edição de 2012 de Wimbledon, torneio que já conquistou sete vezes.
"É sempre um grande desafio enfrentar Roger. Ele é um grande campeão, talvez meu maior rival. Muitos tenistas da minha geração cresceram seguindo seu exemplo", elogiou Djokovic.
Paredão sérvio
Com o tricampeonato, 'Nole' já igualou seu técnico, o alemão Boris Becker.
"Estamos numa boa sequência, embora tenhamos levado tempo para entender um ao outro. Conseguimos encontrar a química certa, e o título é tão meu quanto dele", completou o sérvio.
Na final deste domingo, o tenista de 28 anos mostrou uma condição física impecável, alcançando até as bolas mais difíceis, acabando aos poucos com a paciência de Federer, que cometeu muitos erros forçados (35 contra 16).
O suíço até começou bem na partida, abrindo logo uma vantagem de 4 a 2 no primeiro set, mas deixou o sérvio devolver a quebra e fechar a parcial no tie-break.
Federer mostrou muita garra para empatar a partida, ao levar o segundo, também no tie-break, depois de salvar sete 'set points', mas não conseguiu manter o ritmo nas parciais seguintes.
Com devoluções de outro planeta, 'Djoko' quebrou o saque do veterano no início de cada set e mostrou muita frieza para fechar, depois de quase três horas de jogo (2h56).
O sérvio acabou com uma série de 11 vitorias seguidas de Federer na grama, e empatou em 20 a 20 o confronto particular com o suíço.
O líder do ranking mostrou que digeriu a desilusão do vice-campeonato que amargou em Roland Garros, torneio que nunca conquistou, ao perder a final para outro suíço, Stanislas Wawrinka.
Em setembro, no US Open, ele terá a oportunidade de repetir a façanha incrível de 2011, quando conquistou três dos quatro Grand Slams do ano, depois de triunfar no Aberto da Austrália em Wimbledon.