Parapan

Chegou o grande dia para Phelipe Rodrigues

Pernambucano pode conquistar o tão sonhado ouro

Do JC Online
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Publicado em 09/08/2015 às 19:01
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Carlyle Paes Barreto

TORONTO – Depois de nadar sempre atrás, nas grandes competições, do companheiro e grande rival, André Dias, o pernambucano Phelipe Rodrigues acredita que chegou a hora de ser o nadador com deficiência mais rápido das Américas. E do mundo. O dia é eta segunda-feira, quando os brasileiros brigarão pelo ouro na classe S10 nos 50m dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto.

Apesar de já ter vencido o carioca em competições nacionais ou em opens, Phelipe tem ficado com a medalha de prata nas provas de grande porte, como Parapans, Mundiais e Paralimpíadas. Sempre com André Brasil subindo ao degrau mais alto do pódio.

Mas para o pernambucano, o jejum pode acabar hoje. E logo numa data especial. “Estou me sentindo muito bem. Estou em minha melhor fase”, destaca o nadador, que trocou recentemente o Rio de Janeiro por São Paulo, onde treina. “E ganhar logo no meu aniversário seria muito bom”, acrescenta Phelipe, que completa 25 anos neste segunda-feira.

No último duelo entre os brasileiros, no Mundial de Glasgow, Phelipe Rodrigues saiu frustrado da água. Liderou os primeiros 50m, mas não segurou a liderança na prova de 100m, sendo ulrapassado pelo carioca nos metros finais. “Não estava bem. Não nadei bem lá. Mas agora acho que vem coisa boa por aí”, ressalta.

Sobre o rival, só elogios. “A cada prova sai uma faísca. Ele até hoje é o cara a ser batido e competir contra ele me faz querer mais", aponta.

Ainda recordista mundial nos 50m e 100m, André Brasil repete o respeito. “Fico feliz em nadar de novo contra o cara que é meu amigo e meu adversário, e que me faz crescer em cada prova.”

Phelipe e André têm deficiências semelhantes. Ambos tiveram sequelas na perna após cirurgias corretoras. O pernambucano nasceu com um pé para trás. Depois de operações, teve atrofia na panturrilha.

MAIS PÓDIO

Outra medalha para o Estado pode vir nesta segunda no atletismo, quando Jenifer Martins estreia na pista da Universidde de Toronto, nos 100m, classe T38, para paralisados cerebrais leves. Ela defenderá o título obtido em Guadalajara. Mas desta vez terá uma rival dura, a paulista Verônica Hypólito, campeã mundial.


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