Vela

Pernambucano é o único velejador que participou de todas as edições da Refeno

Emílio Russel ganhou o apelido

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 25/09/2015 às 8:00
Luana Ponsoni/Especial para o JC
Emílio Russel ganhou o apelido - FOTO: Luana Ponsoni/Especial para o JC
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Ao circular pelas dependências do Cabanga Iate Clube de Pernambuco nos dias que antecedem a 27ª Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno), com largada marcada para amanhã, o aposentado Emílio Russel sai de cena e cede lugar ao Mister Refeno. Esse é o apelido com o qual ele foi batizado pelos demais velejadores do clube náutico por ser o único a ter participado de todas as edições da regata realizadas até então. Para não perder o costume, este ano, o pernambucano vai estar novamente em um dos barcos que saem do Marco Zero, na região central do Recife, em direção ao arquipélago de Fernando de Noronha. Emílio vai ser o comandante do veleiro Voyage, com uma tripulação de 14 pessoas.

Até chegar à ilha, os velejadores são obrigados a percorrer aproximadamente 300 milhas náuticas (482km). Somando-se especificamente as idas e voltas de Emílio na Refeno, o pernambucano já fez uma travessia de 15.600 milhas (25.105km). A distância é equivalente a mais de meia volta ao mundo. Tomando-se a linha do Equador como referência, para contornar o globo, é necessário percorrer 40.075,16 km.

“Isso é só de Refeno. Já fiz inúmeras travessias e tenho 130.000 milhas (209.214km) contabilizadas no total. Daria para realizar cinco voltas ao mundo”, garantiu.

O pernambucano vem dedicando tanto tempo ao mar por puro e simples amor. Ele começou a velejar aos cinco anos, na companhia do pai. Em 1986 já tinha velejado em diversas regatas na costa brasileira pela classe lighting quando foi convidado por Maurício Castro, idealizador da Refeno, a participar da primeira prova.

“Ele (Maurício Castro) me convidou, mas eu não fui com ele. Depois disso, ele foi três vezes comigo. Na minha primeira Refeno fui com seu Antônio, que era um português que, assim como Maurício, também já faleceu. Aliás, a maioria dos amigos daquela época já não estão mais entre nós. Acho que, por continuar indo para Noronha, Graças a Deus, ainda continuo vivo (risos). Então o amor pelo mar cresceu ainda mais quando me apaixonei por Noronha”, contou.


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