Quase 14 anos depois de Gustavo Kuerten, o Brasil volta a ter um líder no ranking mundial do tênis. Ontem a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) atualizou a lista e, conforme já se sabia, Marcelo Melo assumiu a ponta nas duplas. Com três títulos seguidos, o brasileiro não só aparece em primeiro lugar como tem boa folga sobre os antigos líderes, os irmãos Bob e Mike Bryan (EUA).
A liderança do brasileiro já estava assegurada desde a sexta-feira da semana retrasada, quando Marcelo Melo chegou à semifinal do Torneio de Viena, na Áustria, vindo a ser campeão depois. Apenas ontem, no entanto, a ATP deixou de considerar os resultados do Masters 1000 de Paris, realizado no ano passado.
Como a nova edição do torneio francês já começou e distribui mil pontos aos campeões, a liderança de Marcelo Melo pode durar apenas sete dias se ele não for bem na competição. O brasileiro tem 8.390 pontos, contra 7.540 de cada um dos irmãos Bob e Mike Bryan. Desde 2005, em poucas ocasiões, os gêmeos de 37 anos deixaram a liderança. Neste ano, entretanto, apresentaram uma queda de rendimento, chegando a apenas uma final de Grand Slam. Em eventos da série Masters 1000, foram três títulos até aqui.
Enquanto isso, Melo, de 32 anos, vive a melhor temporada da carreira. Ele venceu um Grand Slam pela primeira vez em Roland Garros (batendo exatamente os norte-americanos na final) e cresceu de rendimento quando o seu parceiro fixo, o croata Ivan Dodig, resolveu recuperar o ranking de simples e se afastar dos torneios de duplas.
Desde então, Marcelo Melo não perdeu. Com o sul-africano Raven Klaasen, ganhou ATP 500 de Tóquio (Japão) e o Masters 1000 de Xangai (China). Depois, ao lado do polonês Lukas Kubot, faturou o ATP 500 de Viena. Nesta semana, o brasileiro retoma a dupla com Dodig para jogar o Masters 1000 de Paris.
