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O Japão anunciou nesta terça-feira (22) que escolheu um novo projeto para o estádio olímpico dos Jogos de Tóquio-2020, após o escândalo gerado pelo elevado custo do primeiro projeto escolhido pelas autoridades, que, se fosse executado, seria o centro esportivo mais caro do mundo.
"Acredito que é um plano magnífico que cumpre com os critérios de custo e prazo", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, após uma reunião extraordinária que decidiu sobre o projeto do renomado arquiteto japonês Kengo Kuma.
O Japão foi abalado pela polêmica provocada pelo projeto original, elaborado pelo arquiteto britânico-iraniano Zaha Hadid, que chegou a ser aprovado e depois cancelado por conta dos crescentes custos, que fariam deste o estádio mais caro do mundo.
O projeto de Kuma tem um custo de 149 bilhões de ienes (1,2 bilhão de dólares). "Vamos fazer com que este estádio seja o mais acessível para todos os públicos e uma fonte de inspiração para o resto do mundo", disse Abe.
O futuro estádio está concebido como uma estrutura para 60.000 pessoas, com espaço para a vegetação atrás das arquibancadas. "É o estádio das árvores e das zonas verdes, dentro de uma área de bosques. pensado para ser um espaço de convivência para todos", anunciaram os criadores do projeto.
O plano estipula a conclusão da obra em novembro de 2019, antes da data limite imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI): janeiro de 2020. A cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio-2020 está prevista para 24 de julho. "Sinto que tenho o peso de uma grande responsabilidade", afirmou Kuma.
O novo projeto busca sintonizar com "a tradição japonesa", misturando aço e madeira sob o conceito criativo de "estádio das árvores e das zonas verdes", afirmou o Conselho dos Esportes. A estrutura escolhida terá altura de 49,2 metros, o que representa 20 metros a menos que o projeto deHadid, muito criticado porque alteraria o horizonte arquitetônico de Tóquio.
O projeto original teria custo de 252 bilhões de ienes e seria o estádio mais caro do mundo. O escândalo que provocou a desistência da ideia inicial levou o ministro dos Esportes, Hakubun Shimomura, a apresentar sua renúncia em setembro.