A notícia não é das melhores para o atletismo pernambucano. Em um momento de controle extremo das entidades esportivas com relação ao uso de substâncias proibidas por atletas, o marchador do Estado Hiago Garcia acabou caindo no antidoping e está quatro anos suspenso das atividades relacionadas ao atletismo. Morando na Rússia desde o início de 2014, o petrolinense teve amostra de urina coletada no dia 1º de julho do ano passado, durante os Campeonatos Esportivos Universitários de Moscou. O exame feito a título de controle pela Agência de Antidopagem da Rússia (Rusada) apontou a presença de fenoterol e peroxisome e seus agonistas.
O caso foi comunicado pela Associação das Federações de Atletismo (Iaaf) à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) na última quinta-feira (21). A entidade internacional informou ainda que o julgamento foi feito pela Rusada ainda em 2015 e a pena de quatro anos de suspensão está em conformidade com o disposto nas normas da Wada, tendo a Iaaf analisado o processo e entrado em contato com o atleta, que aceitou a punição.
Em função desses fatos, a CBAt emitiu Portaria tornando o atleta inelegível para participar de competições de atletismo pelo período fixado na pena, a contar de 1º de julho de 2015.
Curiosamente, o caso de doping de Hiago aconteceu justamente na Rússia, país que recebeu, em 9 de novembro do ano passado, um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). O documento acusa os russos de violações na área esportiva, inclusive de provas de dopagem falsas, e exige privar a Rússia do direito de participar da Olimpíada no Rio de Janeiro e de outras competições sob a égide Iaaf. O Conselho da Iaaf suspendeu a filiação da Federação Russa de Atletismo, o que significa a proibição dos atletas russos de participarem de torneios internacionais.
