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Cesar Cielo encara última chance de conquistar vaga olímpica

Nadador brasileiro ainda não tem índice e disputa o Troféu Maria Lenk para garantir seu lugar na seleção nacional

Gabriela Máxima
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Gabriela Máxima
Publicado em 12/04/2016 às 13:44
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Nadador brasileiro ainda não tem índice e disputa o Troféu Maria Lenk para garantir seu lugar na seleção nacional - FOTO: AFP
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Principal nadador brasileiro e uma das promessas de medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Cesar Cielo inicia a semana com uma pressão atípica. Isso porque, na próxima sexta-feira, ele encara a segunda e última seletiva para as Olimpíadas precisando alcançar os índices para garantir sua vaga na seleção brasileira. A performance de Cielo é uma das maiores expectativas para o Troféu Maria Lenk, que servirá também como evento-teste para os Jogos do Rio. 

Embora seja um dos melhores nadadores do País, Cielo vem acumulando decepções no esporte que não condizem com seu potencial. Afinal, ele reúne três medalhas olímpicas (ouro nos 50m livre e bronze nos 100m livre em Pequim-2008, e bronze nos 50m livre de Londres-2012) e quatro em mundiais (ouro nos 100m livre de Roma-2009 e tricampeão nos 50m livre em Roma-2009, Xangai-2011 e Barcelona-2013), sendo um dos melhores nadadores que o País já viu em ação. 

No entanto, desde o ano passado, ele reúne resultados inexpressivos e abandonos precoces de provas. Os principais exemplos são o Campeonato Mundial e o Torneio Open de Palhoça, que serviu como primeira seletiva para os Jogos Olímpicos – ele nem sequer competiu nos Jogos Pan-Americanos de Toronto alegando estratégia da temporada. Na primeira, Cielo ficou apenas na 6ª colocação nos 50m borboleta e anunciou sua saída em detrimento de dores no ombro. Desistiu, inclusive, de defender o tetracampeonato dos 50m livre. No segundo momento, ele ficou apenas no 11º lugar nos 100m livre e também preferiu deixar a competição mais cedo. 

A temporada conturbada foi marcada por lesões e um processo lento de recuperação. O silêncio também acompanhou o nadador, que pouco apareceu para falar sobre sua situação. Optou pelo isolamento nos Estados Unidos, onde passou a treinar com Scott Goodrich no lugar da comissão técnica brasileira. 

Bruno Fratus já tem índice nos 50m livre

Agora, a missão de Cielo é mais do que alcançar os índices de suas provas (50m e 100m livre e 100m borboleta). É se sentir seguro e voltar ao posto de liderança do grupo que assumia antes da crise. Em relação aos números, ele precisa atingir as marcas de 22seg27 (50m livre), 48seg99 (100m livre) para ficar entre os classificáveis. Como se não bastasse concorrer com seus próprios demônios, ele precisa enfrentar os concorrentes à vaga Bruno Fratus (21seg50) e Ítalo Manzine (22seg08). Os velocistas têm os melhores tempos nos 50m livres e, por enquanto, são os representantes do País na prova. 

Sua última competição aconteceu na semana passada, em Orlando, nos Estados Unidos, onde cravou 22seg28 e conquistou o primeiro lugar dos 50m livre. Esse foi seu melhor tempo na prova dos últimos oito meses, mas, ainda assim, fica um centésimo acima do índice e 20 da marca de seu rival. 

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