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Heróis brasileiros: Arthur Zanetti, o gigante das argolas

Arthur Zanetti conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica brasileira e busca o bicampeonato no Rio de Janeiro

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 17/04/2016 às 9:00
Foto: Ricardo Bufolin/ CBG
Arthur Zanetti conquistou a primeira medalha olímpica da ginástica brasileira e busca o bicampeonato no Rio de Janeiro - FOTO: Foto: Ricardo Bufolin/ CBG
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O primeiro ouro olímpico da ginástica brasileira tem apenas quatro anos. E o dono da medalha é um gigante das argolas, com o perdão do clichê. Mas, Arthur Zanetti, que tem apenas 1,56m de altura, já atingiu o topo do mundo na modalidade. Além de ser campeão olímpico em Londres 2012, o ginasta é dono também do título de campeão mundial, conquistado no ano seguinte às Olimpíadas, na Antuérpia, Bélgica.

A lista de triunfos, aliás, é bastante longa. Nas etapas da Copa do Mundo de Ginástica, o brasileiro conquistou oito ouros, duas pratas e um bronze. A sequência grande de títulos ainda conta com medalhas por equipe, como a prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Foi lá no Canadá que Zanetti conseguiu o ouro individual nas argolas, formando assim a tríplice coroa de títulos nas argolas. O atleta já contabiliza mais de 200 medalhas na carreira.

Porém, antes de se tornar um dos principais nomes da ginástica artística mundial, Arthur Zanetti começou a praticar o esporte aos 7 anos por sugestão de um professor de educação física. O garoto queria mesmo jogar futebol. Reclamava da rotina de treinos, mas foi estimulado pela avó Neide Thomazzo. Em troca dos treinos, ela oferecia ao pequeno Arthur uma passada na padaria, onde ele poderia comprar bombas de chocolate para si e para o irmão mais velho.

O caminho até integrar o hall de melhores da modalidade teve início na primeira convocação para a seleção brasileira adulta de ginástica em 2007, quando disputou o Mundial de Stuttgart, Alemanha. O primeiro título veio no mesmo ano: campeão pan-americano juvenil. Em 2009, Arthur fez sua primeira participação em um Mundial, em Londres. Lá, o destaque brasileiro entrou para a história do esporte nacional ao ser finalista no aparelho de sua especialidade e encerrando a participação em quarto lugar. Mais um feito inédito no desporto do Brasil para a carreira do ginasta.

Ainda antes do ouro olímpico, abrindo caminho nas argolas, Zanetti ficou com a prata no aparelho nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, México, em 2011, e integrou a equipe brasileira que ficou em primeiro lugar na competição.

O chinês Yibing Chen era o principal adversário de Zanetti. O ginasta oriental conquistou o ouro olímpico em casa, nos Jogos de Pequim, em 2008. Foi ele quem superou o brasileiro na etapa de Stuttgart da Copa do Mundo, ficando com a primeira colocação. Em Londres, Arthur venceu o evento teste e nas Olimpíadas conseguiu ganhar de Chen nas argolas, que ocupou o 2º lugar. O brasileiro somou 15.900 pontos, cem a mais que o chinês. O italiano Matteo Morandi fez 15.733 e levou o bronze.

A vaga para o Rio 2016 chegou no ano passado. A seleção brasileira se classificou pela primeira vez com a equipe completa para as Olimpíadas ao ficar com o oitavo lugar da qualificação no Mundial Pré-Olímpico de Glasgow, na Escócia.

Na Arena Olímpica, no Rio, Arthur realiza um ensaio para a maior competição em casa. A série de exercícios no aparelho será a mesma de 2015. O objetivo do brasileiro é utilizar o evento-teste para avaliar a estrutura do local e o próprio treinamento, evitando surpresas no caminho. 

Aos 26 anos e formado em educação física, Arthur Zanetti tem como atual objetivo fazer uma boa disputa nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e brigar pelo bicampeonato.

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