A ginástica artística brasileira alcançou todos os objetivos traçados para o evento-teste da modalidade, que está acontecendo no Rio de Janeiro. A seleção masculina foi para o torneio com a vaga por equipe para os Jogos Olímpicos já conquistada, enquanto a feminina precisava ficar entre as quatro primeiras. Diante de um bom público na Arena Olímpica do Rio, as ginastas do País não decepcionaram, ficaram com a vaga e ainda foram campeãs, no último domingo (17). Nas finais por aparelhos, na noite da última segunda-feira (18), vieram mais quatro medalhas. Os pódios dos donos da casa fecharam com chave de ouro as competições da modalidade.
O Brasil fez a estreia do dia no salto, com Daniele Hypolito. No primeiro salto, a ginasta somou 14,333 pontos, enquanto no segundo, fez 13,766, com média de 14,049, ocupando a quinta colocação. A campeã foi a indiana Dipa Karmakar, com 14,833, seguida pela ginasta do Uzbequistão Oksana Chusovitina, com 14,716, e pela australiana Emily Little, com 14,383.
Para Daniele, após a classificação olímpica por equipe ter sido alcançada, a meta era aproveitar ainda mais a oportunidade de estar na arena e a presença da torcida. "Hoje o nosso objetivo maior era aproveitar ao máximo a presença do público, em casa, e do ginásio montado para os Jogos Olímpicos. Essas oportunidades são fundamentais com a proximidade das Olimpíadas. Agora, a preparação vai continuar firme, assim como foi para o evento-teste. Depois do que apresentamos aqui, vimos que temos chances como equipe, então vamos visar os objetivos individuais, é claro, mas também trabalhar muito para, quem sabe, conquistar uma vaga na final olímpica", projetou.
Na sequência, foi a vez de Rebeca Andrade abrir as apresentações nas barras assimétricas e somar 14,433, pontuação que garantiu o bronze à ginasta. A atleta ficou atrás apenas das alemãs Elisabeth Seitz, com 15,133, e de Sophie Scheder, com 15,033. Com séries consistentes tanto na classificatória quanto na final, Rebeca conquistou em menos de um mês duas medalhas no aparelho - na Copa do Mundo de Doha, no Qatar, a atleta ficou com a prata.
"Eu estou orgulhosa de mim, porque fiz o meu melhor, e sei que posso colocar ainda mais dificuldade nessa série. Aqui no evento-teste, consegui ajudar a minha equipe na conquista da vaga olímpica e hoje estou com mais essa medalha. Estou muito satisfeita", relatou a jovem de 16 anos, sendo 13 deles dedicado à ginástica.
Nas argolas, Arthur Zanetti manteve a rotina de pódios no aparelho e, como já é de costume, levou o ouro, com 15,866 pontos. Em segundo ficou o atual campeão mundial, o grego Eleftherios Petrounias, com 15,833, e em terceiro o francês Samir Ait Said, com 15,500. Depois do evento-teste, o ginasta volta a São Caetano do Sul (SP) e vai continuar treinando forte para os Jogos Olímpicos.
"É essencial treinar muito e quero ter o uma nota ainda maior nas argolas. Hoje a série foi boa, cravei a saída e consegui melhorar em relação a classificatória. Valeu a pena participar dessa competição, que me trouxe esse ouro maravilhoso", comemorou Arthur.
Já na trave, quem encantou a torcida e a arbitragem foi Flávia Saraiva. Em uma apresentação segura, a jovem ficou com a prata, com 14,733 pontos. As gêmeas holandesas Sanne Wevers, com 14.800, e Lieke Wevers, com 14,366, completaram o pódio. Jade Barbosa foi a oitava, com 12,066.
Para fechar a participação brasileira com chave de ouro, veio o solo. Última a se apresentar no aparelho, Flávia levantou a torcida com a nova série, conquistou 14,400 e a primeira colocação. A australiana Larrissa Miller, com 13,700, foi prata, e a alemã Leah Griesser, com 13,566, ficou com o bronze. Daniele Hypolito foi a sexta, com 12,566.