O fogo jorrou de um espelho côncavo nesta quarta-feira (20), quando uma mulher vestida de sacerdotisa se ajoelhou em seu vestido longo em um templo grego em ruínas, focando os raios do sol em sua tocha. Assim, faça chuva ou faça sol na cerimônia de acendimento oficial nesta quinta-feira (21), o Rio já garantiu sua chama olímpica, que vai queimar na cidade anfitriã dos Jogos, entre 5 e 21 de agosto.
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Cerca de 2,5 mil pessoas participaram nesta quarta-feira (20) do ensaio geral para a cerimônia meticulosamente coreografada na antiga Olímpia, no sul da Grécia, onde os Jogos Olímpicos da Antiguidade foram realizado por mais de mil anos.
A chama acesa no Templo de Hera será mantido como uma reserva, no caso do céu nublado inviabilizar a cerimônia desta quinta-feira, que terá a participação de funcionários do Comitê Olímpico Internacional e dos organizadores dos Jogos do Rio, como o presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, e do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
A preparação para a Olimpíada, porém, vem sendo atrapalhada por vários problemas no Brasil, que está enfrentando uma grave crise de corrupção, uma profunda recessão econômica e o surto do vírus zika.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que está enfrentando um processo de impeachment, cancelou anteriormente a sua presença no evento desta quinta. Mas apesar de todas as dúvidas, dirigentes do COI e do Comitê Organizador da Olimpíada garantem que os Jogos serão um sucesso.
O ensaio desta quarta começou com três batidas em um instrumento tocado pela atriz grega Katerina Lechou. Após acender o fogo, a atriz simulou uma oração a Apolo, deus grego da luz e da música, e a cerimônia continuou no estádio antigo, que recebeu a competição de arremesso de peso nos Jogos de Atenas, em 2004.
Lehou, que fez o papel da sacerdotisa nesta quarta e o repetirá nesta quinta, quando entregará a chama para o ginasta campeão mundial grego Eleftherios Petrounias, um dos principais rivais de Arthur Zanetti, iniciando o revezamento da tocha, que culminará na cerimônia de abertura da Olimpíada, no Maracanã, em 5 de agosto. O ginasta repassará a chama ao ex-jogador de vôlei brasileiro Giovane Gavio.
Durante os próximos seis dias, centenas de pessoas irão carregar a tocha por 2.234 quilômetros, através da Grécia. A chama será entregue às autoridades do Rio em 27 de abril. Em seguida, ela viajará para a Suíça onde serão realizadas cerimônia na ONU, em Genebra, e no Museu Olímpico, em Lausanne, no dia 29. A tocha, então, seguirá para Brasília, onde o revezamento no País começará em 3 de maio, com 12 mil participantes, visitando 329 cidades.