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Árbitro de natação representará Pernambuco no Rio-2016

Marcelo Falcão já foi para os Jogos de Pequim, em 2008, e representará o Estado nos Jogos do Rio, no próximo mês de agosto

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Publicado em 23/05/2016 às 12:11
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Marcelo Falcão já foi para os Jogos de Pequim, em 2008, e representará o Estado nos Jogos do Rio, no próximo mês de agosto - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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“O sonho de todo esportista é participar de uma Olimpíada. Comigo não era diferente”. A declaração poderia vir de um atleta de alto rendimento, mas Marcelo Falcão é um daqueles personagens que vivem nos bastidores das grandes competições. Árbitro de natação há 30 anos, o pernambucano reúne um currículo invejável com participação em sete Mundiais, três Pan-Americanos e os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. Considerado uma referência na arbitragem da modalidade nacional, ele está prestes a realizar mais um sonho: “apitar” nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto. 

Marcelo iniciou sua carreira como atleta. Conquistava bons resultados nos níveis estaduais e regionais, mas não era aquele nadador com notoriedade nacional. Suas especialidades eram os nados borboleta e livre. Sempre teve uma relação de intimidade com as piscinas até que a arbitragem surgiu no seu caminho. Ele ainda era nadador quando foi convidado para ser cronometrista de uma prova que não correspondia a sua categoria. “Mas como profissional mesmo eu comecei em 1986. São 30 anos de satisfação pelo que faço”, pontuou.

Embora tenha chegado ao melhor momento de sua carreira em 2008, com as Olimpíadas de Pequim, Marcelo revelou que a maior emoção foi quando soube da escalação para o Mundial de Xangai, em 2006. Na ocasião, ele ganhou status de “árbitro internacional”. 

Outros momentos memoráveis dizem respeito ao contato com os nadadores. Marcelo contou com orgulho sobre as cinco vezes que fiscalizou a raia do norte-americano Michael Phelps, que ostenta 19 ouros olímpicos. E quando presenciou a conquista de Cesar Cielo nos 50m livre de Pequim-2008. “Essa foi a única medalha de ouro do Brasil nos Jogos. Eu estava trabalhando como árbitro e foi sensacional. Quando a prova terminou, toda a delegação brasileira me cumprimentou chorando. Eu presenciei tudo com alegria, mas não pude expressar grandes emoções”, falou, entusiasmado. 

Sobre Phelps, Marcelo ficou impressionado com o nível técnico do nadador. “Ele realmente não comete nenhum tipo de infração. O nado dele é perfeito e fico muito feliz por essas oportunidades”, comentou.

Aos 54 anos, Marcelo será um dos 41 árbitros de natação – sendo 11 brasileiros – nas Olimpíadas do Rio. Com tantas experiências internacionais, o pernambucano acredita que o diferencial desse evento será o fator casa. “Eu não posso dizer que a estrutura vai ser as mil maravilhas. Mas a minha esperança é que tudo funcione corretamente. E a expectativa do Comitê Olímpico Internacional (COI) gira em torno da recepção dos brasileiros, o que eu imagino que será muito boa”, falou o árbitro, que completou. “O espírito olímpico é algo que ninguém imagina. Não é só estar lá. Tudo o que envolve o evento é fantástico”, completou.

Marcelo inicia sua participação nos Jogos do Rio na próxima semana, quando conduzirá por 200m a tocha olímpica no Recife. Ele foi um dos convidados da Prefeitura do Recife para participar da cerimônia estadual, que terá mais 175 condutores. A tocha aporta no Estado na próxima quinta-feira e concluirá sua trajetória no dia 31, no Marco Zero.

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