LOS ANGELES – Seguem reações à morte da lenda do boxe Muhammad Ali, que faleceu na sexta-feira aos 74 anos em Phoenix, Arizona (EUA): Barack Obama, presidente dos Estados Unidos: "Muhammad Ali era O Maior, ponto final. Quando você perguntava para ele, ele falava mesmo, claramente. Mas o que fazia dele o maior, alguém totalmente à parte, é que todos os outros também falavam a mesma coisa. (...) Sua vitória nos ajudou a nos acostumar com a América que reconhecemos hoje. (...) Ele esteve ao lado de Martin Luther King e Nelson Mandela, se levantou nos momentos difíceis e falou quando outros não falavam. (...) O Mal de Parkison devastou seu corpo, mas não tirou o brilho de seus olhos" (em um comunicado pessoal divulgado pela Casa Branca).
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George Foreman, ex-campeão mundial do pesos pesados, derrotado por Ali em uma das maiores lutas de todos os tempos, "The Rumble in the Jungle", em Kinshasa, no Zaire, hoje República Democrática do Congo: "Ele me atingiu com um soco, me nocauteou, e minha vida mudou. (...) Eu fiquei arrasado. Mal sabia eu que faria o melhor amigo que eu já tive na vida" (em declaração à rede de TV CNN, sobre a Rumble). "Ali, Frazier e Foreman, éramos um só. Uma parte de mim se foi, a melhor parte" (no Twitter).
Mike Tyson, ex-campeão mundial do pesos pesados : "Deus foi buscar seu campeão, adeus ao maior @MuhammadAli TheGreatest RIP" (no Twitter).
Pelé, Rei do Futebol: "O universo do esporte sofre uma grande perda. Muhammad Ali era meu amigo, meu ídolo, meu herói. Passamos muitos momentos juntos e sempre mantivemos contatos todos esses anos. A tristeza é enorme. Desejo que ele descanse junto a Deus e amor e força à sua família. #RIP @MuhammadAli (no Instagram)"
Diego Maradona, ex-craque argentino de futebol: "Foi embora o que foi de longe o melhor de todos os tempos. Foi o único homem que fez meu pai chorar, quando o viu ao vivo na luta entre Ray Sugar Leonard e Tommy Hearns, em Las Vegas, em 1981. (...) Assim, como não vou sentir esta perda, se é quem o meu velho mais admirava? No ringue, era um bailarino" (no Facebook).
Floyd Mayweather, ex-campeão mundial dos meio-médios, invicto em 49 lutas e recém-aposentado do esporte: "Perdemos uma lenda, um herói e um grande homem. É uma das pessoas que abriram o caminho para que eu me torne o que sou hoje. Palavras não bastam para dizer o que Ali fez pelo nosso esporte. Ele me mostrou que não se pode ter medo, não se pode deixar de acreditar e nunca se contentar com pouco".
Evander Holyfield, ex-campeão mundial do pesos pesados: "É uma perda enorme. Eu queria ser como ele, ele me inspirou. Me pediram um dia se eu queria bater o recorde dele (Ali reconquistou três vezes o título mundial), mas eu disse que não, porque significava que eu tinha que perder. Para se recuperar de uma derrota, tem que voltar maior e foi o que Ali mostrou ao longo de sua carreira".
Don King, promotor de boxe: "Era uma pessoa maravilhosa, não apenas como boxeador, mas como ser humano, como ícone. Muhammad Ali nunca morrerá. Ele é como Martin Luther King. Seu espírito viverá para sempre".
Oscar de la Hoya, ex-campeão em seis categorias diferentes, hoje promotor de boxe: "Foi ele que levou o boxe à sua era dourada e deixou o nosso esporte tão popular. Ele encarnava a coragem, nunca escolheu a facilidade, seja nos ringues ou fora deles. No momento de celebrar sua vida, temos que lembrar que ele sempre buscou a grandeza em tudo que fez".
Lennox Lewis, ex-campeão dos pesos pesados: "Gigante entre os homens, Ali foi o Maior com seu talento, sua coragem e suas convicções, a tal ponto que a maioria de nós nunca será capaz de entendê-lo realmente #RIPAli" (no Twitter).
Larry Holmes, ex-campeão mundial, que derrotou Ali em 1980, depois de ser seu sparring-partner: "Ele sempre me tratou bem. A primeira vez que fui vê-lo, eu sequer tinha material de boxe. Ele me deu seus tênis, suas luvas, seu short, as faixas para o punhos e disse: 'aqui está seu material'. Foi assim que viramos amigos. A luta que fiz contra ele foi uma das mais difíceis da minha carreira, porque tinha que lutar contra alguém que eu amava. Eu entendi que ele queria lutar pelo dinheiro. Ele ia ganhar 10 milhões de dólares. Mas ele queria lutar para vencer. Foi um dia triste. Depois de tê-lo derrotado, fui para o vestiário e disse que o amava. Então ele disse: 'então porque você gritou de alegria assim?' Ele sempre queria ter a última palavra" (à CNN).
Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos: "Hillary (sua esposa, candidata democrata à Casa Branca) e eu estamos profundamente tristes com o falecimento de Muhammad Ali (...) O vimos crescer, passando da confiança impetuosa da juventude à idade adulta convicções políticas e religiosas que o levaram a fazer escolhas difíceis e assumir as consequências. (...) No caminho, o vimos ser corajoso no ringue, ser um modelo para os mais jovens e ter compaixão para os necessitados, além de mostrar força e muito bom humor diante dos problemas de saúde".
Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca: "Muhammad Ali morreu aos 74 anos! Um grande campeão e um homem maravilhoso. Vai fazer muita falta" (no Twitter).
Bob Arum, promotor de boxe: "É sem dúvida a pessoa que mais transformou nossa época. Era um grande atleta, uma pessoa que sabia ser ouvido e dizia em alto e bom som o que acreditava ser justo".
Manny Pacquiao, ex-campeão de boxe e recém-aposentado: "Perdemos um gigante, o boxe foi beneficiado pelos talentos de Muhammad Ali, mas não tanto quando os homens dos seus valores humanos".
Kareem Abdul-Jabbar, ex-jogador de basquete dos Los Angeles Lakers, maior cestinha da história da NBA: "Em uma época em que negros eram vítimas de injustiças e eram chamados de arrogantes e muitas vezes presos, Muhammad sacrificou os melhores anos da sua carreira para lutar pelo que achava certo. Ao fazer isso, ele fez todos os americanos crescerem, negros e brancos. Posso ter 2,18 m, mas nunca me senti maior do que quando estava em sua sombra".
Adam Silver, presidente da NBA: "Muhammad Ali a transcendeu as fronteiras do esporte com sua personalidade fora do comum e seu engajamento pelos direitos civis e a justiça social. A herança de Muhammad Ali continua viva no engajamento de atletas que se posicionam pelo que acreditam".
Sello Hatang, presidente da Fundação Nelson Mandela, fundada pelo ex-presidente sul-africano, falecido em 2013: "Ali era uma lenda, tanto como atleta quanto como personagem pública determinada a fazer sacrifícios pelas sua convicções. Nelson Mandela, que gostava muito de boxe, considerava Ali seu herói no esporte. Madiba tinha muito respeito pela sua herança e falava sobre suas realizações com muita admiração".