Ter a chance de disputar os Jogos Olímpicos costuma ser, invariavelmente, o maior sonho de qualquer atleta de alto rendimento. Há quatro ciclos olímpicos, porém, a saltadora pernambucana Keila Costa, de 33 anos, vem vivendo essa realidade. Grande veterana do desporto estadual quando o assunto é o maior evento poliesportivo do mundo, na Olimpíada do Rio, a partir de 5 de agosto, ela vai estar competindo em sua quarta edição do torneio. Já o conterrâneo Wagner Domingos, da mesma idade, vai celebra o término da busca pela estreia olímpica durante os Jogos realizados em solo brasileiro.
Keila Costa teve a confirmação de que estaria apta a disputar sua Olimpíada de número 4 em maio do ano passado. Na final do salto em distância do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, ela conquistou a medalha de ouro com 6,70m. A marca corresponde exatamente ao índice olímpico determinado pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) e acatada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para a disputa. A prova, porém, não é a sua preferida e faltava à pernambucana conseguir a qualificação no triplo, especialidade que mais gosta de competir.
Depois de diversas tentativas ao longo dos demais meses do ano passado, a atleta não conseguiu a marca de 14,20m que a qualificaria para a sua segunda prova no Rio. A classificação para o triplo, entretanto, acabou vindo de maneira inesperada. Depois de recomendação da Iaaf para que o índice do triplo fosse diminuído para 14,15 em novembro, a CBAt resolveu acatar o novo valor um mês depois. Como tinha feito um salto de 14,17m em junho, durante o Meeting de Marselha, na França, Keila ficou automaticamente qualificada.
“No começo da minha carreira, eu achava quase impossível eu participar de uma Olimpíada e estou indo para a minha quarta. A alegria é ainda maior por se tratar de uma edição realizada no meu País”, disse Keila.
Quando estreou no evento poliesportivo em Atenas-2004, a atleta disputou apenas o salto em distância e não passou à final. Já em Pequim-2008 competiu na mesma prova e avançou à decisão, ficando com a 11ª colocação. Em Londres-2012, foi a vez da pernambucana participar do salto triplo, sem, porém, se credenciar à briga por medalhas. “No Rio de Janeiro, eu pretendo primeiro buscar as finais nas duas provas e só então começar a sonhar mesmo com uma medalha”, revelou.
Abaixo, um pouco da rotina pesada de treinos: