Conforme os Jogos Olímpicos do Rio, a partir de 5 de agosto, vão se aproximando, os resultados conquistados pela ginasta Flávia Saraiva colocam-na como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil no torneio poliesportivo. Ontem, a menor e mais jovem atleta da seleção – ela tem 1,15m e 16 anos – ganhou o ouro na trave durante a etapa de Anadia da Copa do Mundo de Ginástica Artística, em Portugal, com nota 15,125. Flavinha, como também é conhecida, recebeu um ponto a mais que a compatriota Rebeca Andrade, prata, com 14,125, na decisão do equipamento.
As brasileiras também repetiram os dois primeiros lugares na final do solo. Flavinha recebeu 14,350, enquanto Rebeca somou 14,100 para mais uma dobradinha brasileira no pódio. Ambas melhoraram na comparação com a fase de classificação, quando fizeram 14,150 e 13,800, respectivamente. Rebeca não competia nesses dois aparelhos desde a grave lesão no joelho, sofrida há um ano.
A brasileira tem tudo para ser finalista olímpica, uma vez que, nos últimos três Mundiais, a nota de corte para passar à final foi entre 14,1 e 14,3. Nos Jogos de Londres, em 2012, uma nota 15,125 como a conquistada pela brasileira ontem, valeria o bronze para o País na Olimpíada do Rio.
No solo, apesar da dobradinha em Anadia, as brasileiras têm menos chances de brigar por uma final olímpica. No Mundial do ano passado, por exemplo, a nota de corte foi 14,400 – Flavinha fez 14,350 ontem.
MASCULINO
Entre os homens da seleção, Sergio Sasaki foi prata no salto, com média 15,212 – 15,200 no primeiro salto e 15,225 no segundo. O brasileiro só foi superado pelo chinês Yu Cen.
Único especialista do Brasil, o ginasta teve um desempenho irregular em Anadia. Ele ficou em último na final das barras paralelas (13,700, contra 15,600 das eliminatórias), falhando também na barra fixa (13,100) e na final do cavalo com alças (12,000 depois de fazer 15,150 nas eliminatórias). Sérgio Sasaki, porém, está ganhando confiança, pois retorna após passar o ano de 2015 praticamente todo lesionado.