Inocentada do doping pelo Superior Tribunal de Justiça Deportiva (STJD), a nadadora pernambucana Etiene Medeiros ainda não se pronunciou. Ainda não soltou nota oficial, não marcou entrevista coletiva, não atendeu as ligações do JC nem postou nada nas redes sociais.
A assessoria de imprensa de Etiene foi quem se pronunciou: "Serenidade porque sempre teve certeza de que provaria a correção de seus procedimentos. E alegria pela possibilidade de realizar seu sonho de representar o Brasil nos Jogos do Rio", diz a nota dos representantes da nadadora.
CASO - Nadadora do Sesi-SP foi flagrada em exame antidoping pelo uso de Fenoterol, substância presente em um medicamento para tratamento de asma.
Etiene testou positivo no exame realizado no dia 8 de maio, fora do período de competições. Em 2 de junho, ela foi informada do resultado adverso e solicitou a abertura da amostra B de sua urina, que confirmou a presença da substância proibida.
Ela se retirou voluntariamente das competições enquanto não era julgada. A nadadora pernambucana sofre de asma e a substância Fenoterol é comumente prescrita para tratar desta doença.
ÍNDICE - Ela fez índice para quatro provas individuais e se classificou para mais dois revezamentos na Olimpíada. Só estará, entretanto, em quatro provas no total: 50m livre, 100m livre e 50m costas, além do revezamento 4x100m livre.
Etiene abriu mão dos 100m borboleta (assim como havia feito no Mundial de Kazan) e do revezamento 4x100m medley, ainda que a técnica Vanzella admitisse escalá-la caso de uma improvável ida à final.
A pernambucana foi a primeira nadadora brasileira a ganhar medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, ao vencer os 100m costas. Também foi a primeira campeã mundial (nos 50m costas, no Mundial Indoor de Doha, em 2014) e a primeira a subir ao pódio em Mundiais de piscina longa, com a prata nos 50m costas em Kazan, ano passado. Os 50m costas, vale lembrar, não é prova olímpica.