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Pernambucanos relatam principais cuidados com doping

Atletas olímpicos revelam medo e medidas que precisam ter para evitar o flagra no exame antidoping

JC Online
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Publicado em 03/07/2016 às 8:05
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Atletas olímpicos revelam medo e medidas que precisam ter para evitar o flagra no exame antidoping - FOTO: Divulgação
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Calendário cheio de competições, treinos de força, resistência e uma dieta rígida para manter o alto rendimento esportivo. Essas são algumas das principais preocupações dos atletas olímpicos, que, além da rotina extenuante, precisam estar atentos aos produtos que consomem diariamente. Afinal, um simples remédio para dor de cabeça pode conter substância proibida e a consequência surge dias depois em um exame de doping. As entidades responsáveis pelo controle do dopagem são rígidas e não costumam fazer vista grossa. Cabe aos atletas analisarem cada remédio ou suplemento antes de consumi-los.

Etiene foi inocentada no julgamento do STJD

A pernambucana Etiene Medeiros protagonizou o último caso de doping no esporte nacional. Ela foi flagrada no exame da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) pela substância fenoterol, presente em um remédio para asma. Felizmente, Etiente foi julgada pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e foi absolvida. A defesa do advogado Marcelo Franklin alegou que ela não teve intenção de melhorar sua performance esportiva, tampouco levar vantagem em algum torneio. O uso do medicamento foi único e exclusivo por conta da asma.

Medalhista olímpica em Londres-2012, a pentatleta Yane Marques confessou que toma muito cuidado com tudo que consome, desde uma garrafa de água até um remédio desconhecido. “Sempre que tenho dúvida olho no livro de permitidos e proibidos. Porque em qualquer circunstância a culpa será do atleta. Também tem o médico do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) que orienta. A gente até exagera um pouco nas atitudes, mas tem que ser assim. Se tem uma coisa que eu tenho medo é o danado do doping”, falou Yane, que já realizou o exame do período fora de competição três vezes. 

A nadadora Joanna Maranhão também revelou que todo cuidado é pouco e que a questão do doping é uma preocupação antiga encarada por ela. “De uma forma geral, somos indicados a pesquisar antes de usar qualquer tipo de produto ou remédio. Eu particularmente sempre perguntei a minha mãe. Procuro me suplementar com produtos de marcas conhecidas e sempre checo o que estou consumindo”, observou a nadadora, que representará o Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro. 

Quando tem dúvida Joanna consulta a doutora Karina Hanato

Ainda esse ano, Joanna encarou situação de dúvida em relação a um remédio para acne. Precisou consultar sua doutora, Karina Hatano, para se certificar da legalidade do produto. “Só comecei a usar quando ela aprovou. Ela monta minha grade de suplementação e sempre que entra algo novo, compro e mando a foto do produto. Além disso, hoje existe um aplicativo que você coloca a substância e ele avisa se é permitido”, relatou. 

O lançador do martelo Wagner Domingos, por sua vez, enfatizou que tem à disposição um profissional para se preocupar com os produtos que são permitidos ou não. “Quando estou na Eslovênia trabalho com Severin Linposefek. Ele é o nutricionista que trabalha com (o técnico) Vladimir Kevo. Então toda suplementação e medicamento que preciso tomar, eu informo a ele ou ao médico da minha equipe, Cristiano Laurindo”, contou o pernambucano, que fará sua estreia nos Jogos do Rio, em agosto.

Pentatleta Felipe evita tomar qualquer medicamento

Quem também está classificado para sua primeira edição da Olimpíada é o pentatleta Felipe Nascimento, que evita tomar qualquer medicamento para não cair no doping. Ele não conta com um médico especializado no assunto e, sempre que é necessário consumir algum produto, confere a lista de substâncias proibidas. “Se a gente olhar a lista até um benegrip pode ser pego no antidoping. Então, sempre tenho dúvidas. Não só com medicamento, mas também com suplementos alimentares”, informou.

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