RIO-2016

Segurança para os Jogos Olímpicos terá 88 mil agentes

Para o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania, o país está preparado para garantir a segurança durante os Jogos

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Publicado em 02/08/2016 às 6:39
Tomaz Silva/Agência Brasil
Para o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania, o país está preparado para garantir a segurança durante os Jogos - FOTO: Tomaz Silva/Agência Brasil
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A operação de segurança e defesa para a Olimpíada Rio 2016 - que começa na próxima sexta-feira (5) - contará com 88 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas. Para o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania, Andrei Rodrigues, o país está preparado para garantir a segurança durante os Jogos. “Digo com absoluta confiança e tranquilidade: o Brasil está preparado para receber os Jogos, já mostrou que está preparado em eventos anteriores. Aumentou sua preparação com a capacitação de profissionais, com investimento em infraestrutura”, disse à Agência Brasil.

O Plano Estratégico de Segurança Integrada para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, publicado no Diário Oficial da União em outubro do ano passado, traz os principais objetivos e atribuições dos órgãos envolvidos.

O plano lista os principais cenários de riscos que podem causar impacto na operação de segurança dos Jogos Rio 2016: ações terroristas ou de sabotagem de qualquer natureza; ações violentas praticadas durante manifestações sociais; criminalidade e violência urbana; comprometimento do sistema de mobilidade urbana; comprometimento da saúde coletiva; comprometimento dos serviços essenciais; ataques cibernéticos; fenômenos naturais; além de incidentes e catástrofes.

No eixo da segurança pública, agentes das polícias Federal (PF), Rodoviária Federal, Militar e Civil e da Força Nacional, entre outros, cuidam do policiamento de áreas estratégicas como transportes públicos, aeroportos, pontos turísticos, o entorno de hotéis, centros de treinamentos das delegações, campos oficiais de treinamento, estádios e locais de competições. Esses agentes também vão atuar em manifestações, briga entre torcedores e escolta de delegações e autoridades.

Representantes da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, da CET-Rio e Guarda Municipal, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas, vão trabalhar em conjunto no Centro Integrado de Comando e Controle.

O plano operacional vai até 18 de setembro, data final dos Jogos Paralímpicos.

Cooperação internacional

Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros estarão no Brasil. Mais de 250 policiais de 55 países vão trabalhar em Brasília e no Rio de Janeiro. Parte deles vai atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal.

Os policiais estrangeiros poderão verificar antecedentes criminais e checar a autenticidade de documentos dos torcedores. Também vão ter a função de intérpretes, trabalhar desarmados e serão supervisionados pela PF.

“Um eixo muito importante é a cooperação internacional com o Centro de Cooperação Policial Internacional e o Centro de Enfrentamento ao Terrorismo, que são coordenados pela Polícia Federal. Eles vêm como um apoio, um suporte à PF, e não como poder de polícia”, explicou o secretário Andrei Rodrigues, que é delegado da Polícia Federal.

Para Rodrigues, o perfil do torcedor de olimpíada é diferente do da Copa do Mundo. “Não tem aquele perfil daquela paixão tradicional do futebol e da rivalidade que o futebol desperta, mas não quer dizer que a gente vai descuidar. Quando a gente se dispõe a receber um evento como a Olimpíada, o maior evento de todos, não podemos relaxar no nível de preparação da segurança”, acrescentou. “Tem que ter preparação para tudo, e estamos preparados para o cenário mais desfavorável possível. Na Copa [de 2014], havia preocupação com as manifestações violentas e seguimos mapeando isso”.

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