Um dia após ser alvo de hackers russos, a ginasta Simone Biles usou seu Twitter oficial para rebater a acusação de que teria competido dopada durante a Olimpíada do Rio. A atleta norte-americana confirmou que usou as medicações para tratar do déficit de atenção e hiperatividade.
"Eu tenho DDA (déficit de atenção e hiperatividade) e tomo medicamentos para isso desde criança. Por favor saibam, eu acredito no esporte limpo, sempre segui as regras e vou continuar, pois fair-play é decisivo para o esporte e muito importante para mim", revelou Biles.
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Na terça-feira, hackers russos invadiram um banco de dados da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e publicaram dados médicos confidenciais da atleta. Os registros revelaram o consumo de substâncias que são proibidas pela Wada, mas liberadas desde que haja necessidade médica. A lista incluiu, além de Biles, as tenistas norte-americanas Serena e Venus Williams.
USO LEGAL
A USA Gymnastics, organização responsável pela ginástica norte-americana, também saiu em defesa de Biles nas redes sociais e argumentou que ela obteve a documentação necessária para o uso dos medicamentos. "Simone arquivou a documentação requerida pela agência antidoping dos EUA e Wada e não há violação. A Federação Internacional de Ginástica, o Comitê Olímpico dos EUA e a USADA (agência antidoping dos EUA) confirmam isso. Simone e todo mundo na USA Gymnastics acreditam na importância de condições iguais para todos os atletas", afirmou Steve Penny, presidente da entidade.